29/07/2016
Esquecer

                                    
                                       Esquecer???????????????


  Esquecer : “pai dos burros” – perder da memória,
            olvidar,
            desprezar,
                                                                   tirar da lembrança,
                                                                   perder a estima, o amor,
                         passar despercebido.


  Eu esqueço
  Tu esqueces
  Ele esquece
  Nós esquecemos
  Vós esqueceis
  Eles esquecem.

  Esquece!
  Não esqueço!
  Porque pereço,
      adoeço,
               amorteço,                       
                                 enfraqueço
                                 desvaneço!
 
   Mas e “se” (condicional):

  Eu esqueceria
  Tu esquecerias
  Ele esqueceria
  Nós esqueceríamos
  Vós esquecereis
  Eles esqueceriam

  ??????????????????

  E só esqueceria, se não houvesse o que esquecer.
  E não haveria o que esquecer, se não existisse o que lembrar!
  Então, a que vêm este “esquecer”, se por si, é impossível:

   desfazer do que foi feito,
   desintegrar o já composto,
   desmantelar o fortificado por cárceres petrificados?

  Não se esquece, porque esquecer não é ato existente de fato ou de aço!
  E se não há o esquecer, como esqueceria o que por existência incostestável é inesquecível!?
  E assim, não há o inesquecível?
  Palavra sem razão, vive longe da emoção e sofre por ingratidão, porque não é composta de sensação.

  Esqueceria!
  Se não acontecesse, se não fosse fato:
    cravado,
                                         fixado,
                                         martelado,
             cristalizado,
                                         contaminado,
                                         impregnado,
                                         prensado,
                                         vitimizado!
 
  Esqueça tu!
  Esqueça ela!
  Esqueçam eles!

  Não esqueci.
  Esquece!
  Não há o esquecer!
 
  Pai dos burros, renove sua prole, borre esquecer:
 
  Pai dos fortes: esquecer - fato impossível!

 
     Daniele de Cássia Rotundo
                                   
                                       
 

                                 
 



Leia outras matérias desta seção
 » Fim de tarde apocaliptico ou não ?
 » 70 borboletas...
 » Textinho de domingo
 » Flores amarelas
 » TAPACHULA - 3ª parte
 » Poesia do eu
 » Finalmente 26 de dezembro!
 » Ainda em Tapachula 
 » Mudando para o México, destino: Tapachula
 » O que eu fiz até agora ?
 » Onde mora meu Pai ?
 » Cagando no racismo
 » A propósito da Bebel
 » À minha Mãe
 » Paranoias momentaneas
 » Texas: o lugar das armas 
 » A latência
 » Dia Internacional da Mulher?
 » Eu acendi uma vela na mesa da sala de jantar.
 » Sapos
 » Sobre a Costa Rica
 » O custo do diagnóstico
 » Sair da bolha
 » Tudo parecia caminhar para o fim?
 » Eis a minha pergunta: “ faço o que agora”?
 » Estado neardenthal?
 » No mundo dos "Es", pensando como pensar
 » Pensando como pensar
 » 2020 - Cicatrizes na alma
 » João, Pedro e Rita - parte II
 » O mês do cachorro louco
 » O peso das coisas
 » João, Pedro e Rita
 » E se tudo isso não passar
 » Diário caótico sobre o coronavírus
 » Oração de aniversário
 » Encontros & Desencontros II
 » Encontros & Desencontros e o tempo
 » O tempo e a mulher do espelho
 » A mulher do Espelho
 » Sou mas quem não é (pirada)
 » Biblioteca
 » Carta para os olhos vazarem
 » Férias no paraíso, pero no mucho.
 » A dificuldade de recomeçar
 » Texto exclusivamente feminino
 » Meu Amigo!
 » O incêndio no Museu Nacional
 » Diário de uma jovem Mãe
 » Depressão: O beijo da morte
 » Depressão: os ruídos
 » A bolsa misteriosa de Anabella
 » Amizade
 » Em Terra de cego quem tem olho é rei?
 » Inspiração
 » Se disser que esperará, espere!
 » Eu acredito na humanidade!
 » A bituca de cigarro
 » Os filhos voam!
 » Ser limpante ou o trabalho caseiro
 » Carícia da vida
 » A verdade
 » As palavras matam ou morrem ?
 » Matemática simples
 » Família um conceito complexo
 » Altruísta egoísta
 » A pequena bolsa de Anabella
 » À deriva (?)
 » Adeus ano velho
 » Quando o bem não faz bem!
 » Forever
 » Quero Poetar!
 » “O Abutre”!
 » Me permito amar?
 » Quebrar-se
 » A felicidade
 » Impiedoso tempo
 » Quem sou eu ?
 » Esquecer
 » Esquecer @? - Olvidar
 » Fragmentos II
 » Fragmentos
 » Despertemos!
 » Transe no deserto
 » Destino ridículo !
 » O cortiço da vida
 » Círculo de desafetos
 » Sou um vulcão
 » Conversa com a àrvore
 » Encerrar ou cerrar ciclos?
 » A “basura” no México
 » Doença de amor
 » Poesia
 » As regras da vida
 » Os grandes homens....
 » Prelúdio à loucura
 » Razões para amar? Razões para o amor?
 » O mundo perdido dos sonhos!
 » Devaneios de um cérebro ?

Voltar