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28/11/1986
Ed. 290 - Caieiras: aumento de imposto predial e territorial não sai

Depois de muita confusão o projeto enviado pelo Prefeito Fiore acabou ficando de quarentena, sem possibilidade de ser votado ainda este ano. Se fosse aprovado, os impostos territorial e predial, além das taxas, teriam aumento de 100% para o próximo ano, entretanto, em sessão bastante confusa a Câmara não aprovou o projeto, as discussões e justificativas entre os vereadores foram muitas, para o vereador Pedro Sergio o projeto é polêmico e vai agravar mais ainda a situação financeira dos munícipes que estão com seus salários congelados, os vereadores – disse Pedro – devem aprovar o que é bom para os munícipes e não somente para o Prefeito. Já o vereador Nelson Urtado defendeu o projeto de aumento dando minuciosa explicação sobre o mesmo, e o mais interessante aconteceu quando ele terminou a explanação, os vereadores que tinham se comprometido com o Prefeito na aprovação ficaram contra o aumento ou o Nelsinho explicou demais ou confundiu tudo Milton Valbuza manifestou-se violentamente contra o aumento que taxou de verdadeiro acharque no bolso do povo, um roubo disse Milton. Edson Martins quando percebeu que o tumulto ia longe pediu vistas do processo por 10 dias, só que com essa atitude praticamente inviabilizou sua aprovação, pois Milton disse que o Prefeito agora terá que convocar a Câmara extraordinariamente e ele simplesmente marca a sessão para o ano que vem, resultado: o aumento não sai para o próximo ano, ou então diz Milton, o prefeito que faça o aumento por decreto e assuma a responsabilidade sozinho, pois quem está acostumado a meter a mão no bolso do povo é ele, o prefeito. Os vereadores Nico e Lira tiveram a mesma reação, foram contra o projeto por julgarem ser mais um abuso do Prefeito. Atitude cômica teve o vereador Macedo que usou da tribuna para criticar Pedro Sergio, dizendo que ele, Pedro, tinha se comprometido com o Prefeito a votar favorável e na hora do vamos ver fica contra, Pedro retrucou dizendo que participar de reunião na Prefeitura não significa nada e o que interessa para ele é a Câmara, sua casa.

Jornal A Semana