O imposto territorial e predial em Caieiras subiu em alguns casos quase 1000%. Se considerarmos a inflação de 1991 em torno de 486% os valores são absurdos.

Parece que a febre de arrecadar a qualquer custo passou por Caieiras. Em São Paulo e cidades vizinhas a população tem reclamado e mesmo protestado violentamente contra os impostos. Em época de recessão, desemprego e miséria, muitos chegam em Caieiras a ter saudades de Gino Dártora, ex-prefeito, que simplesmente isentou do IPTU todos os munícipes. Na época a medida foi taxada de demagógica, agora seria sem dúvida muito bem vinda, questão de tempo e situação do povo, cuja penúria vem aumentando sempre. O retorno dos impostos pagos os jornais publicaram diariamente, não raro servem para engordar contas bancárias. O prefeito Milton e os vereadores, responsáveis pela “trombada” que os munícipes vão levar, no mínimo não avaliaram direito o estrago no bolso da população ou então “Chapolin” o filósofo do SBT também esteve lá.

Veja abaixo alguns exemplos, e o aumento praticado por outros municípios.

IMÓVEL	ÁREA	LOCAL	IPTU/1991	IPTU/1992	% AUMENTO
Terreno	246 m2	Nova Caieiras	25972,32	143827,19	553
Terreno	290 m2	Serpa	13367,69	105314,28	787
Terreno	1400 m2	Vera Tereza	42200,19	378186,77	896
Terreno	498 m2	Bragança	6421,21	27611,25	430
Casa	202 m2	Peruíbe	68225,90	321890,24	471

Nota: As cidades de Bragança Paulista e Peruíbe reajustaram o IPTU dentro da inflação de 1991 – Peruíbe não tem indústrias, vive quase exclusivamente do IPTU e Bragança Paulista tem como fonte de receita principal a agricultura, que pouco imposto deixa na cidade. Por que Caieiras com um parque industrial razoável, que proporcionou excelentes repasses de dinheiro da União e Estado aumenta dessa forma o IPTU? – Forma de administrar diriam alguns, outros diriam talvez a verdade: “O povo que se dane”.