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27 de setembro de 1980
O Mau Emprego das Casas Populares

O vereador Assis Crema recebeu um telefonema anônimo em sua residência onde lhe falaram que os vereadores de Caieiras estavam omissos no caso das casas do cemitério do Morro Grande que foram cedidas, pelo prefeito, à famílias de razoável poder aquisitivo, quando deveriam ser encaminhadas para lá, pessoas carentes. E essas famílias que lá residem estão fazendo macumbas contra vereadores de oposição ao prefeito, conforme palavra do edil Dércio Pasin.

Assis levou ao conhecimento dos demais vereadores que, a princípio não acreditaram, pensando em se tratar de uma brincadeira sem consequências. Entretanto, como a notícia se espalhou rapidamente, estes vereadores resolveram verificar de perto a denúncia.

Foram até lá os edís Carlos Gomes, Dércio Pasin e ainda o advogado da Câmara Dr. Seabra - e o cabo policial Carlos, constatando que realmente há duas famílias morando lá e pela impressão deixada, notava-se que não eram pessoas necessitadas, pois nas casas há televisão, geladeira e outros aparelhos eletrodomésticos. É, para comprovar que os moradores não são tão pobres assim, um deles chegou de táxi no momento em que os "visitantes" estavam lá.

Numa das casas, aproveitando-se de um vidro quebrado, os vereadores puderam ver o altar de culto umbandista montado com velas acesas, etc...

Com essa matéria, não nos colocamos contra entidades religiosas, as quais respeitamos, e sim, tentamos demonstrar a má utilização das casas que tem por finalidade a moradia de pessoas necessitadas. Para cultos, existem locais apropriados.

Jornal Folha Regional