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24/06/2008
Sensação no pau de arara

Sensação no Caminhão

Temos voltado ao passado, não? Voltando de novo, o pau-de-arara era a condução do povo que percorria o caminho de Caieiras até Monjolinho. Com carroceria fechada só tendo bancos nos lados, no meio entre eles o espaço era para quando lotado, os de pé acomodados viajassem sem se sentirem incomodados mesmo estando apertados. À noite, dentro era penumbra, o chacoalhar do caminhão parecia em ritmo de rumba e no um encostar-se ao outro poderia ser de gostar ou de desgosto. Certa vez, conforme ditava a sua idade, um rapaz que não perdia oportunidade, se viu na necessidade de uma licenciosidade com uma moça contrária a dar liberdade a encosto por trás considerando-o uma maldade. Ele não sabia que ela não dava regalia a ninguém que se disfarçava enquanto dava uma encoxada. Hoje evoluímos, pois, encoxada agora é ilegal e se chama assédio sexual.

O rapaz do fato antes de estar farto se viu na surpresa da moça, que, em sua ligeireza voltou-se a ele e com uma esperteza diferente de ovelha, mordeu-lhe fortemente a orelha. Isso doeu quando ela ficou sem um pedaço e depois disso o comentário foi um estardalhaço. Esse fato foi verdadeiro e ele nunca mais teve a sua orelha por inteiro. Quem nunca deu encoxada demorada não sabe da sensação que causava quando a mulher não dificultava. Sozinho algo crescia enquanto a mulher fingia que não percebia. Coitado do rapaz, depois que a moça lhe mordeu, algo crescido dele se encolheu e como um anjinho adormeceu. O rapaz e a moça se conheciam e ambos eram de boa família, entretanto, o incidente se tivesse sido hoje, ninguém comentaria. E também, os rapazes de hoje mais modernos, criados mais mimados, essa moçada não tem atração por encoxada e só falam de futebol nas conduções superlotadas.

Altino Olympio