Versão para impressão

08/02/2006
Autoconsciência - Parte 2

Ainda hoje, nestes dias de tanta tecnologia, muita gente vive indiferente ao que possa ser a autoconsciência, embora conviva com ela. Estudiosos chegaram à conclusão que o homem pré-histórico não possuísse a autoconsciência. Não se diferenciava dos animais que possuíam a consciência simples. Foi preciso muitos anos para o homem, de sua consciência simples “saltar” para a autoconsciência. A linguagem foi fator preponderante para o homem adquirir sua evolução, pois, com ela foi facilitada à composição de seus pensamentos para serem exteriorizados para outros. Tornado uma criatura pensante e enquanto um pensava numa coisa e outro pensava em outra, isso, veio estabelecer a diferença entre eles e a conscientização de serem entidades separadas. Assim, a autoconsciência estava instalada. Tornada herança humana, todos seres humanos que nasciam logo a adquiriam. Este abordar superficial deste tema, serviu como um esboço da antiguidade quando o homem vivia como animal antes de ser ---embora rudimentar--- autoconsciente.

Dos primeiros utensílios criados pelo homem primitivo até a tecnologia das viagens espaciais de hoje, tudo foi obra da expansão da autoconsciência no homem, mas não em todos. Uma parte da humanidade está para desenvolver sua autoconsciência enquanto a outra não está e só recebe as benfeitorias produzidas pela outra parte. Mesmo assim, queira ou não, embora na rabeira, evolução lhe é transpassada pelos conhecimentos tornados públicos. Uma parte da humanidade vai buscar o que precisa para sua evolução enquanto a outra parte nada faz e só fica esperando que o “buscar” venha até ela, e ainda assim quando quer, porque, nem todo mundo sabe poder existir avanço em suas consciências. Apenas viver por viver já lhes basta e o resto fica por conta de Deus. Um presidente americano disse uma vez: Deus deve gostar de idiotas, porque, criou milhões deles. Isso foi um exagero de um presidente, não há nem dúvida. Talvez tenha sido um desabafo diante de seus inimigos, mas, ele generalizou.

A autoconsciência bem desenvolvida não significa que quem a possua deva fazer parte daquela parte da humanidade que se dedica pelos inventos e fabricação de produtos para o consumo de todos. Autoconsciências mais desenvolvidas, muitas nada têm a ver com as instruções intelectuais, profissionais e religiosas derivadas dos ensinos humanos. Muito tem a ver com esforço próprio de cada um. Capacita um humano “ser normal” ele sendo aquele que vive apenas com o necessário para sua sobrevivência sem conflitos de desejos desnecessários. Desimpedido das preocupações acarretadas do possuir além do que precisa, sua mente é mais livre para o expandir de sua autoconsciência, pois, adquiriu equilíbrio para isso.
Fala-se que, da consciência simples o ser humano evoluiu para a autoconsciência e depois dela evoluirá para a consciência cósmica. Muito mais abrangente que a autoconsciência, a consciência cósmica, como o nome já se faz entender, seria o despertar do ser humano para uma compreensão mais profunda, seria seu viver consciente mesmo de sua integridade com o Todo, isso resumido na frase “Eu e o Pai somos Um”.


Altino Olímpio