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25/05/2006
A Psique Humana – Parte 4

Relembrando, a sensação nos revela que certa coisa é. O pensamento nos diz o que tal coisa é. O sentimento nos revela se tal coisa tem valor para nós, isto é, seu valor. Estas três funções da consciência, sensação, pensamento e sentimento, parecem encerrar a experiência comum que temos através dela. A intuição sendo a quarta função, ela é muito sutil. Surgindo na consciência como um lampejo, a intuição é portadora de uma idéia inesperada, triunfante sobre as outras idéias que o nosso raciocínio comum possa ter tido mentalmente para solucionar um problema ou como resolver uma situação. Entretanto, espontânea como ela é, ainda não temos domínio sobre a intuição, se é que teremos algum dia. Antes que a intuição se torne comum para o ser humano quanto às funções da sensação, do pensamento e do sentimento, ele só será três quartos de uma entidade inteligente e completa.

Munidos com duas mentes, uma interior e outra exterior, nós somos seres duais ou, materiais e espirituais. Somos compostos de uma parte física com uma parte psíquica ou vice-versa. Nossa mente interior (o eu subconsciente), embora pouco compreendida, desprezada, nada solicitada e sendo do nosso lado mais relevante, a mente interior, “nosso eu”, é uma extensão, uma continuidade do Grande Todo inerente em nós, e é o nosso eu verdadeiro, denominado de “Semelhante a Deus”.

Inconsciente dela, a mente interior desempenha suas funções para manter a vida no nosso corpo. Todos os nossos órgãos funcionam independentemente de nosso conhecimento e alheios à nossa percepção. A mente interior ou subconsciente pode ser comparável com a inteligência cósmica que realiza a criação, manutenção, movimentação e saturação de todos os corpos existentes no infinito. Infinita em seu poder de realização, a mente cósmica ou divina produz através de sua energia indiscernível, todas as manifestações discerníveis ou não para nós. Essa mesma energia cósmica indiscernível quando circunscrita, restrita como que separada e isolada dentro dos limites do nosso corpo, ela cria e mantém nossa vida num e no “universo em miniatura” que somos. No cósmico a energia é manifesta na multiplicidade de seus efeitos e no homem ela é a sua “mente interior” por dentro de seus efeitos que culminam na sua consciência manifesta como objetiva, subjetiva e subconsciente, constituindo a psique humana.

Por muito tempo, perdurando ainda, o nome ou palavra “alma” serviu para englobar os outros nomes como: psique humana, corpo psíquico, corpo espiritual, corpo imaterial, espírito, subconsciente, inconsciente e etc. Pensava-se e ainda se pensa na alma como sendo um “corpo” invisível por dentro do corpo físico. O primeiro sendo espiritual e o segundo sendo material. Embora invisível, a alma retém em si a mesma imagem do corpo em que está abrigada e também suas características, como, o caráter e a personalidade da sua individualidade da e na incorporação. Na morte, o corpo material se desfaz em seus elementos primários, átomos e elétrons. A alma, “indestrutível” retorna para algum lugar tido como de sua origem, “mantendo” a personalidade e inclusive a fisionomia de quando encarnada. Nós vamos continuar com este tema.


Altino Olímpio