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09/06/2006
A Psique Humana – Parte 11

Se prestássemos mais atenção ao ditos de alguns pensadores e tentássemos entendê-los, poderíamos compreender o significado da frase “A vida é um teatro e todos nós somos seus atores”. Entenderíamos o fato de termos preponderado na existência do “eu sou” (ego), singular como ele é, tendo experiências e evolução, como sendo apenas para si próprio. Nossa falta de esclarecimentos e os esclarecimentos errados contribuem para um viver baseado num imediatismo egoísta e desfavorável para a absorção da compreensão dos valores inseridos na qualidade de vida que a VIDA objetiva expandir entre toda a espécie humana. O desígnio da VIDA é desempenhar numa compulsão insuspeita, o lento evoluir da qualidade de vida na espécie humana até ao futuro nível do predicado máximo que lhe é destinado, “uma mente muito mais ampla”, mais ciente e mais eficaz em como, onde e quando deve utilizar as suas funções ou suas atribuições.

Das bactérias ou microrganismos com que fomos iniciados até a nossa atual e melhor condição de existência criativa, produtiva e inovadora, decorreram milhares de anos. Hoje é fácil saber das transformações sucessivas ocorridas na nossa constituição que, fisiológica e mentalmente, capacitou-a muito além da capacidade de nossos ancestrais dos tempos de vida com menor recurso mental criativo.
Daqueles tempos imemoriais até estes nossos dias, a psique humana (consciência) evoluiu para um estado assombroso de desenvolvimento para produzir efeitos materiais a seu favor, nunca vistos antes quando eram tidos como ficção ou produtos da imaginação. Estamos sendo óbvios, porém, cientes da “extensão” do nosso desenvolvimento mental e material até então, isso servindo de exemplo, nos leva a pensar na continuidade de um desenvolvimento maior e tendo no futuro uma conseqüência mental mais promissora. Com a imaginação num futuro não tão distante e com a retroação dela novamente para esta época, para uma comparação, ainda teríamos “algo rudimentar” em relação àquele futuro imaginado, assim como, foram rudimentares os nossos antepassados se comparados conosco desta época.

Sobre a vida ser um teatro e nós sermos os atores, isso tem a ver com a nossa inconsciência de qual seja o principal propósito da VIDA.(Ninguém sabe) Certa em sua seqüência, é incerta para nós sobre qual seja a conseqüência destinada de sua e nossa incorporação. Nada sabemos que esteja além do nosso período de existência, quando a VIDA nos é manifesta na percepção da consciência, onde, sua essência ou energia é responsável pela existência de nossos atributos mentais e pelo manter das funções orgânicas, possibilitando assim, a continuidade do viver até um fim que não se prevê. Não somos atores vivendo encenações todas sendo próprias como possam parecer. A VIDA global quando restrita em nós como vida individual, nos utiliza como atores para providenciar a vivência dela nas evidências das multiplicidades fenomenais infinitas de um mundo, ele sendo para nós, incompreensível pelo porque e para que de sua existência, se ele é para nós como ainda muitos pensam ou se somos para ele, insignificantes para sua continuidade e eternidade. Somos bons para inventar tantas teorias sobre o significado real e final da vida, Haja paciência de aturá-las, pois, é só até onde chegamos.


Altino Olímpio