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21/08/2006
A Psique Humana – Parte 21

Continuando sobre os adeptos das organizações, cujos fins, é promover-lhes a libertação da ignorância e desenvolver-lhes maior capacidade mental e atingirem um maior nível espiritual, temos algumas histórias interessantes. Naquela época musical denominada “Jovem Guarda” que, revolucionou os meios artísticos com o sucesso de seus programas com novas músicas e novos ritmos jovens, existiu um rapaz cantor e compositor que, com outros cantores de sucesso, se apresentavam num programa dominical, sendo eles os “galãs” da televisão de um horário da tarde. Cantor e compositor muito conhecido na época, o rapaz ingressou também, numa dessas “organizações misteriosas” em busca de sabedoria e de desenvolvimento psíquico, espiritual. Quando comparecia nos locais onde os membros da organização se reuniam, ele, simpático, conversador, sempre esteve rodeado por pessoas, principalmente por mulheres. Nos rituais semanais, alguns integrantes da organização, como oficiais, tinham cargos considerados importantes, como um cargo que, era considerado “sagrado” e sempre, só pertencia a uma mulher, tida como a mãe nos e dos rituais.

Numa ocasião, lá pelas vinte e três horas, um grupo de “irmãos” mais íntimos, deixando aquele local dos participantes da evolução humana, seguiu rumo às suas residências. A mulher que estava dirigindo o automóvel, depois de deixar alguns dos passageiros nas proximidades de suas residências, permaneceu com o último e ele era o cantor de nossa história. E, numa rua movimentada da cidade, os dois ficaram conversando, até quando... ... A mulher... Surpreendentemente, lhe fez sexo oral dentro do automóvel e, na época, ela era a detentora daquele cargo “sagrado” da organização e tinha vários anos a mais do que o feliz daquela oportunidade. Entretanto, isso não foi novidade porque, na maioria dessas organizações ou sociedades, quando são mistas, isto é, freqüentadas por homens e mulheres, fala-se muito que, “tudo termina em sexo”.

Esses acontecimentos ou procedimentos, tidos como profanos pelos estudiosos dessas sociedades, confundiam alguns homens que, levavam com muita seriedade essas sociedades a que pertenciam, bem como, seus estudos e ensinamentos. E não foi diferente com o rapaz de nossa história. Por um bom tempo sentiu-se desencantado com as atitudes profanas daquela mulher, pois, a função que ela exercia, mais exigia ---pensava ele--- uma conduta de moral mais severa. O “acidente” com a mulher, não o impediu de prosseguir com sua afiliação naquela organização, porque, o aprendizado era muito atrativo. “Não é bom misturar as coisas” pensava ele “os deslizes de alguns nada tem a ver com a filosofia desta sociedade”. De fato, seu pensamento estava correto e ele, ainda por muitos anos, com dedicação, continuou com aqueles estudos, até quando finalmente desistiu deles e se demitiu da organização, naquela sensação de “não consegui nada”. Nunca mais conseguiu compor músicas porque, se desinteressou por elas e por tantas outras coisas que antes lhes tinham valor ou significado. Hoje, com idade acima dos sessenta anos e, embora, ainda sendo amigo, não mais mantém contato, portanto, seu endereço é ignorado.

Altino Olímpio