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26/09/2006
Estação de Rádio

Nós vamos inserir no Jornal Eletrônico “A Semana” algumas narrativas que foram irradiadas na antiga Rádio Comunitária Cultural e Educativa da Cidade de Caieiras, nas madrugadas dos programas Antiga Caieiras de Nossa Gente, Madrugada Sem Solidão e Programa Sem Nome, este que foi semanal das segundas a quintas-feiras e teve curta duração. Os outros eram nas sextas-feiras das vinte e duas horas até as seis horas da manhã de sábado. Nosso primeiro programa teve início no dia doze de setembro de mil novecentos e noventa e sete e terminou no início de abril do ano dois mil e dois. No dia dez de maio de dois mil e dois, continuamos com nossa programação na Rádio Nova Estéreo e nela ficamos até maio ou junho de dois mil e quatro. A primeira rádio era a 96.5 FM e a segunda era a 98.7 FM. Ambas pertencem ao passado e deixaram saudades em muitos ouvintes.

No programa do dia treze de junho do ano dois mil, uma terça-feira, falamos o seguinte: “Este é o Programa Sem Nome, levamos até vocês, ouvintes, tudo o que não queremos para nós, e assim nós nos mantemos intactos. Nós somos uma interferência de seus cotidianos. Desprezamos o que é rotineiro e quebramos as muletas fabricadas pelas tradições incoerentes e das instituições pueris e delirantes que avassalam o povo. Por falar em povo, A Voz do Povo é a Voz de Deus, e é mesmo. A voz da novela, a voz do futebol, a voz do baile, a voz da cerveja, a voz do bingo, a voz da fofoca, a voz da política e etc”.

Depois das brincadeiras... Existe uma lei na natureza que exige que o ser humano leia por si mesmo seus mistérios, como é o caso deste aforismo: “Antes que os olhos possam ver, devem ser incapazes de lágrimas”.

“O conhecimento é a maior herança do ser humano. Todo aquele que não for torpe ou não tenha sido reduzido à imbecilidade por algum vício dominante, adivinhou ou, talvez, descobriu, com alguma certeza, que, dentro dos sentidos físicos existem outros sentidos sutis. Sem dúvida, a vida interna é senhora da vida externa, da mesma forma que o cérebro do homem guia todos os seus movimentos. Enquanto não se tiver dado o primeiro passo para o desenvolvimento, aquele conhecimento veloz que se chama intuição, a evolução psíquica é impossível no homem. Porém, é necessário que alguém veja essa luz que ilumina a alma, enquanto a dor, o pesar e o desespero não o tenham livrado da vida da humanidade ordinária. Primeiro vence-se o prazer, depois a dor, até que os olhos sejam incapazes de lágrimas. Ser incapaz de chorar, é ter enfrentado e vencido a natureza humana simples, é ter alcançado o equilíbrio que as emoções pessoais não podem fazer perder. Se o pesar, a decepção, o abatimento e o prazer puderem estremecer a alma, de maneira que façam perder a sua firmeza ou a calma do espírito que a inspira e a fonte da vida brota afogando o conhecimento na sensação, então, tudo se apaga, as janelas se obscurecem, a luz é inútil.” “( do livro Luz No Caminho de Mabel Colins).”

Interessante! Que cada um fique com as suas reflexões.

Altino Olímpio