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04/08/2008
Retinopatia: novo fármaco

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Internacional
1/8/2008 - ADA

A companhia farmacêutica australiana Antisense Therapeutics está desenvolvendo um novo fármaco que pode converter-se numa nova esperança para aquelas pessoas que sofrem retinopatía diabética ou degeneração macular, duas das patologias mais comuns que costumam acabar em cegueira.

Os resultados dos estudos realizados até o momento foram apresentados no marco da Convenção Anual de Biotecnologia BIO 2008, celebrada em São Francisco (Estados Unidos).

Mais de 18 milhões de pessoas nos Estados Unidos sofrem de diabetes, e cerca de 20.000 destes casos perdem a cada ano a visão por causa da retinopatía. Os pacientes que sofrem de diabetes tipo 1 durante mais de dez anos e os que sofrem de diabetes tipo 2 têm 90 por cento e 20 por cento de possibilidades respectivamente de desenvolver esta doença.

As investigações, realizadas por uma equipe da Universidade de Queensland, em Austrália, utilizaram ratos com baixos níveis de um hormônio relacionado com a retinopatía diabética e a degeneração macular.

O resultado destes primeiros ensaios confirma a este fármaco como um potencial tratamento para a acromegalia, uma patologia relacionada com o hormônio do crescimento.Até o momento não há nenhum fármaco aprovado para a abordagem da retinopatía diabética ou para a maioria dos pacientes com degeneração macular.

O único tratamento disponível para estas doenças oftalmológicas passam por intervenções como a fotocoagulação realizada com laser, que não são de todo efetivas, já que podem causar perda parcial da visão e só é conveniente utilizá-las num número limitado de ocasiões.

Hormônio do crescimento

A companhia Antisense Therapeutics, de Melbourne (Austrália) desenvolveu um novo medicamento chamado ATL1103, feito para bloquear a expressão do receptor do hormônio do crescimento (GHr). Tanto a retinopatía diabética, como a degeneração macular ou a acromegalia são patologias associadas com uma excessiva produção deste hormônio.

O objetivo de GHr é inibir a atividade do hormônio do crescimento, e ao mesmo tempo diminuir os níveis de outro hormônio chamado fator de crescimento insulínico 1 (IGF-1).

Os estudos realizados com animais revelam que graças a este novo medicamento, reduzem-se significativamente os níveis de IGF-1.Os pacientes com acromegalia têm níveis muito altos em sangue de IGF-1 e reduzí-los até um nível considerado como normal está considerado como a chave para conseguir uma abordagem satisfatória.

No caso da retinopatía diabética, os estudos mostraram que os tratamentos que têm como objetivo este hormônio reduzem a progressão da doença.



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