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12/09/2008
Se a eleição fosse hoje III

Se a eleição fosse hoje III

A novidade da campanha eleitoral diz respeito a novas pesquisas encomendadas pelos partidos que disputam a polarização, DEM e PSDB. Ocorre que as tais pesquisas nunca aparecem oficialmente e ninguém confirma se existem realmente ou não, entretanto, como estão na boca do povo vale a pena comentar. Para os simpatizantes dos Democratas o candidato Hamamoto tem 35% dos votos, já os Tucanos falam em 30% para o candidato Cleber, técnicamente empatados caso os números sejam verdadeiros.

Os eleitores na sua maioria continuam as cegas quanto aos candidatos, exceto pelas informações corriqueiras de sempre, ainda não tem idéia a que vieram e do que serão capazes de fazer, se eleitos forem. Questionamentos como o trabalho realizado por ambos como vereadores, vida pessoal atual e pregressa, ou seja, a tão falada “ficha suja” , nada disso tem sido discutido abertamente. Quanto aos “programas de govêrno” são os de sempre, papel aceita tudo.

E a imprensa como é que fica? - fica assim: jornais impressos em papel como é de praxe ficam apoiando um lado ou outro, dependendo dos interêsses envolvidos, não raro escolhem um candidato para “cristo” e passam semanas malhando o infeliz, fazendo matérias que julgam tirar votos dele, ledo engano, não tiram, só ajudam na campanha.

Janio Quadros em visita a Caieiras em 1982 perguntou ao então candidato a Prefeito como estava a campanha, de pronto teve a resposta: nossa campanha é limpa, Presidente. Janio então perguntou “mas qual o candidato que está na boca do povo?” - fulano foi a resposta, está porque é chamado de ladrão entre outras coisas. Janio balançou a cabeça e disse: .... sinto muito filho esse candidato já ganhou a eleição de você, o povo vota em quem está na boca dele. Tres meses depois o candidato chamado de ladrão foi eleito com uma enxurrada de votos.

Daqui para frente vamos assistir a imprensa nanica vociferar a favor ou contra determinado candidato ou candidatos, sempre defendendo “valores” e praticando a amoralidade sob o manto de “informar”.A propaganda do TSE tenta alertar sómente o eleitor, esquece daqueles que ajudam a transformar o processo eleitoral democrático em “ penico”.





Edson Navarro