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12/01/2009
Encontros Sendo Desencontros

Nada melhor como começar o ano novo com assuntos sérios. Vamos discorrer sobre o “continuar a viver” de muitos viúvos, coitados. Sentindo-se sós os pensamentos retornam aos seus passados de quando tiveram suas namoradas, daqueles tempos em que as intimidades máximas eram quase impossíveis. Alguns, são nessas primeiras mulheres que se lembram, mesmo, para um possível recomeço. E também, talvez, fosse possível com todas elas agora, completar algo que ficou incompleto, isto é, o ato sexual sempre terminado nas preliminares. Com essa compulsão eles partem para a busca. Informam-se e ficam sabendo de alguma do passado agora disponível. Se ela está distante, o telefone é o meio da aproximação. Através dele e nas conversas, qualquer viúvo ainda mantém em sua mente a fisionomia de alguém e da última vez em que a viu, mas, se pergunta: como estará ela? Era muito bonita. Sendo assim para algum deles, depois de dias decorridos, numa paixão ou excitação já incontida os dois marcam um encontro “em nome da amizade” dizem eles. O esperado dia chega e... Que sacrifício ter que disfarçar a decepção! A mulher de outrora sumiu da mulher de agora ahahahahahah. A boa educação os conduz a não se notarem fisicamente (como se isso fosse possível) e assim ambos ficam a par de suas vidas até então. Até pode acontecer um envolvimento duradouro, mas, na verdade, pode ocorrer apenas uma mistura de problemas provenientes da anterior existência dos dois. Entretanto, inevitáveis, os pensamentos ficam remexendo no viúvo: “Burro velho gosta de capim novo”. É verdade sim, mas, as mulheres aconselham os homens a não se juntarem com mulheres jovens, porque, elas são vazias. Até então não se sabia que existiam mulheres preenchidas ahahahahahah. Isso é “chover no molhado” ahahahah porque, mulher jovem por assim ser não necessita ser preenchida. Os homens quando viúvos ainda não acima dos cinquenta ou mesmo dos sessenta anos, eles ainda pensam ser atrativos. Só começam a desconfiar de suas situações calamitosas quando numa condução pública, no metrô, por exemplo, ao notarem uma beldade que os faz “lamber os lábios” de desejo, ela, pensando noutro desejo mais conveniente pergunta: Hei tio, quer se sentar? Venha aqui e te dou o meu lugar ahahahahah. Esse “banho de água fria” ahahahah parece uma apunhalada. A culpa é da natureza, safada como é mantém o espírito jovem enquanto faz envelhecer o corpo. O homem sempre fica “babando” por causa de mulheres jovens e essa sina a todos contamina. Mas, diante de uma mulher da mesma idade, se olham é só por caridade ahahahahah. Se bem que, inversamente, hoje em dia isso também está acontecendo com várias mulheres que ainda não se sabem ou não se querem saber idosas. Voltando ao encontro de dois ansiosos por recomeço de suas vidas, o viúvo, coitadinho, naquela situação carente de nada tendo pra comer e “esquentando qualquer pão duro serve” ahahahah, e ela, no pensamento “tudo que vier é lucro”, não percebe ele pensando “e se com ela assim como está tão acabada eu não conseguir, se eu falhar vai ser um vexame e depois, como vou me livrar dessa situação que eu mesmo criei? Caramba, até algumas promessas eu fiz, e agora?” Esses viúvos ingênuos e inexperientes ahahahahah! Existem casos como esse que de tão cômicos nem parecem ser reais. Também, alguns são tão usados, tão possuídos e ainda ficam “botando panca” como se eles fossem os possuidores. Contudo, quando conscientes disso, o negócio é deixar a “coisa” rolar até quando o enjoar prenuncia outra para ocupar o mesmo lugar. Quem sabe numa dessas reviravoltas a destinada a “lavar cuecas” aparece e a felicidade retorna, mas, isso é difícil ahahahahahahah.

Altino Olímpio