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09/11/2009
Resposta a um amigo

Bem, amigo, com certeza enviando o parecer sobre a vida escrito por Schopenhauer para a moça, coitadinha, isto a despertará  de   seu sonho ou (mais viável) continuar sonhando lhe será mais conveniente. Sinto-a necessitada de expor suas idéias ou conclusões sobre a vida, ainda mais que reencontrou um amigo da adolescência. A leitura do filósofo já me era conhecida. Esse nosso filósofo parece mesmo que não deixou nada de lado. No dele decorrer das situações da vida me vi espelhado nelas e com as mesmas, não tendo como evitar tive as mesmas conclusões. Como seria bom podermos aconselhar nossos filhos a permanecerem quietos como "fiquem sentados, comam e durmam, pois, nada, além disso, interessa (risos)", mas, sendo como nós, prisioneiros das contingências da vida e o pior, do sistema imposto pela sociedade, o conselho mais usual é "estudem para melhor poderem se proteger dentre as competições para sobreviver. "Entretanto, nestes tempos de tantos adoecidos mentais, ao pensar que alguém ouve alguém é utopia. Cada um está inserido na facilidade e mesmo na "inevitabilidade" com que o condicionamento das massas o educa, ou melhor, caduca. Adoecidos mentais aqui estão a significar a maioria dos seres humanos irrefletidos, entretidos que estão no que da vida não é. Entabular conversa com um ser humano tornou-se um tormento. Parece que nenhum se salva das idiotices a que estão expostos e os "bem intencionados" (coitados) nos querem tornar coniventes com elas. Enfim, todos os enganos e engodos lhes servem para se distraírem na vida traídos pelo improvável da pós-vida. Tais assuntos sempre são oriundos de pessoas desprotegidas da capacidade de perceber as irrealidades de suas crenças ou  imaginações. Não há mais o receio de se colocar em ridículo. Como sempre, mas, hoje mais, o mundo conta com inumeráveis organizações em prol dos desvios da realidade. Nisso a maioria dos seres humanos se locupletam. Então, o esvair-se em imponderáveis não é ridículo entre eles e nem entre outros de pensar diferente deles. Sendo assim, coitado daquele que por "azar" é consciente dos tantos disparates acreditados e propalados, ele tem mesmo que se isolar, ou então, fingir ser como os outros se é necessitado de dar e receber aquele "amor ao próximo". Isto existe sim, diariamente se observa na cada vez maior incidência de honestidade e despretensões entre as pessoas, pelo menos, em nosso país tido até como exemplo. 



Altino Olímpio