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23/03/2010
Pressão sistólica ideal para diabéticos

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21/3/2010 - UOL

Os diabéticos não devem deixar a pressão sistólica - maior número da medição da pressão sanguínea - ficar abaixo de 13 (130 mmHg) ou passar de 14 (140 mmHg), segundo pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos. Em palestra esta semana no encontro científico do American College of Cardiology, os especialistas destacaram que, para pacientes com diabetes, o descontrole da pressão (seja alta ou baixa demais) pode ser fatal - aumentando significativamente os riscos de infarto, derrame e morte.

De acordo com a pesquisadora Rhonda Cooper-DeHoff, a pressão sistólica acima de 14 tem sido associada com um aumento de 50% no risco cardiovascular em pacientes cardíacos com diabetes, por isso, muitas vezes, o objetivo do tratamento tem sido reduzir a pressão aos níveis definidos pela Associação Americana do Coração como normais - 12 por oito. Porém, a especialista destaca que novas evidências indicam que, para esses pacientes, os níveis "normais" podem não ser o melhor, e defende que manter a pressão sistólica entre 13 e 14 é mais benéfico para pacientes cardíacos e diabéticos.

"Nossos dados sugerem que, em pacientes com diabetes e doença arterial coronariana, existe um limite abaixo do qual o risco cardiovascular aumenta", destacou a pesquisadora, acrescentando que os esforços para baixar a pressão sistólica para menos de 13 não parece oferecer nenhum benefício adicional para esses pacientes, comparado com a manutenção desse número entre 13 e 14.

Além disso, segundo especialistas, pela primeira vez, um estudo mostrou que níveis abaixo de 11,5 podem ser tão perigosos quanto acima de 14 para os diabéticos. "Identificar os limiares de quando iniciar o tratamento e quando dizer que está ‘bom o suficiente’ é extremamente importante não apenas para otimizar os resultados, mas também para ajudar a reduzir os custos desnecessários com o cuidado", disse o endocrinologista Stephan Brietzke.

Fonte: EurekAlert. Public.