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12/03/2014
Friedrich Nietzsche “era o cara”

Friedrich Nietzsche “era o cara”

“Um dos graus, certamente muito alto da cultura é alcançado quando o homem ultrapassa conceitos e medos supersticiosos e religiosos e, por exemplo, não acredita mais nos caros anjinhos e no pecado hereditário, e até mesmo da salvação das almas desaprendeu de falar: nesse grau de libertação, ele ainda precisa, com suprema tensão de lucidez, superar a metafísica”.
                                                                                                      Friedrich Nietzsche

Esse filósofo foi completamente racional. Nascido na Prússia, Alemanha, em quinze de outubro de mil oitocentos e quarenta e quatro faleceu em Weimar, Alemanha, em vinte e cinco de agosto de mil e novecentos aos quase cinquenta e seis anos de idade. Em seus escritos muito criticou o cristianismo e os conceitos abstratos ou, a metafísica. Embora sendo um dos filósofos mais lidos no mundo, por muitos ele foi considerado como sendo louco. No fim do parágrafo acima, de autoria dele, ele “diz” que o homem para se libertar e evoluir precisa superar, deixar de lado, desacreditar na metafísica. Metafísica significa “além da física” e o que é abstrato, ou que só existe como idéia na mente, ou ainda, é o contrário de concreto.  Para ele, o que escreveu acima, como, anjos, pecado hereditário ou pecado original e salvação das almas, isso tudo está no campo da metafísica. Existem como verdades apenas no reino das idéias, pois, carecem de comprovação objetiva. Seguindo a linha de raciocínio dele, o homem de sempre, sempre conviveu com abstrações, como se vivesse entre dois mundos. Um material, concreto, e outro espiritual, metafísico. Segundo Nietzsche, o homem só deslancha intelectual e mentalmente quando se esquiva do seu mundo imaginário, aquele só existente como possibilidade mental em que em algum dia ele poderá continuar a existir. Para muitas pessoas, o verdadeiro “mundo” é aquele aonde vão “habitar” depois de suas mortes. Neste onde estamos fisicamente, concretamente, objetivamente, só estamos de passagem, não sendo então, nosso mundo real. Também li de outro filósofo o seguinte; Deus é a maior abstração humana. Isso pra quem não entende até ofende. Entretanto, intelectualmente tem fundamento. Ele não é visível, não é audível, não se consegue tocá-lo, então, Ele está “além da física”, portanto é abstração. Contudo, como “ao seu nível de razão qualquer um tem razão”, se o viver misturando este mundo com o outro preenche a vida, isso cada um é quem decide. E o Nietzsche aqui serviu para abordar este assunto, bom para refletir.

                                                                                                 Altino Olympio