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10/02/2015
As mulheres dando a volta por cima

Aqui neste texto o leitor será levado a um pensamento incomum. Por que no casamento a mulher era obrigada a adotar o sobrenome do homem? Se, por exemplo, a Maria da Penha se casasse com o Mario Silva, ela, por lei, adotaria o sobrenome do Mario, assim: Maria da Penha Silva. O Mario continuava sem alteração no seu nome completo. O sobrenome do homem é que prevalecia na união legal entre marido e esposa. Nesse fato o homem ainda era o dono do paraíso. Queira ou não, nisso a mulher lhe era subordinada, pois, mais importante para a sociedade era o sobrenome do marido e não o dela. Desnecessário expor aqui a “história” de quando isso se tornou lei, desde quando o homem foi considerado o “chefe” de família. Desde tempos remotos o homem foi considerado como sendo superior à mulher, em força, coragem e inteligência. Mas, nesta época, resultado de tantas transformações culturais e sociais, a mulher tem demonstrado equiparação de inteligência com o homem e até é comum superá-lo. Sabe-se que muitos homens não têm a mesma habilidade intelectual de muitas mulheres. E, no entanto, ao se casarem sob a lei que estava em vigor, à superioridade de tais mulheres não era considerada como mais importante para que seus sobrenomes fossem mantidos intactos e sem o acréscimo do sobrenome dos maridos. Se uma mulher era mais instruída do que um homem e ela tendo maior possibilidade de financeiramente manter uma família, ao se casar com ele, não teria sido mais justo ele perder a importância de seu sobrenome e ser submisso ao sobrenome dela? Mas que polêmica, não? Entretanto, atualmente, adotar o sobrenome do marido ao se casar no civil não é mais obrigatório. Cada vez mais as mulheres estão optando por manter os seus nomes de solteira. Parece que os homens estão perdendo seus poderes sobre as mulheres. Em vários países a presidência agora é matriarcal. Não é mais surpresa a mulher ser mais dinâmica do que o homem. Como li, na Grécia antiga, a mulher era apenas considerada como meio de reprodução da espécie humana. Não duvido que no futuro, devido a tantas transformações, seja o homem considerado apenas como reprodutor, como em muitos casos já é e nem desconfia.

 

Altino Olympio