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26/01/2016
Show com "Ovelha"

“ OVELHA “ é hoje um velho showman do cancioneiro popular no Brasil Faz seus showzinhos mambembes pelo interior desse país afora em busca de uns trocados para sobreviver.
 
Estava eu numa fabrica em Anta Gorda SC, num serviço pequeno, montagem para quinze dias, no máximo, quando o pessoal da obra soube dum show com o afamado cantor Ovelha, na cidade vizinha, Trombudo Central, na sexta próxima, á noite.
 
Sem nada prá fazer a não ser beber e brigar, montamos uma caravana prá ver a bagaça. Seria um modo de diversificar a rotina e desopilar o fígado da negada.
 
Comecei a pensar .....Ovelha já era cantor em meu tempo de adolescência e será que ainda canta ?????   Relevei e resolvi investir na parada.
 
O show seria no Salão de Artes, “ Suvaco do Bode “ ás 21:00hrs, no Trombudo Central SC distante uns 20 km de Anta Gorda. Fomos prá lá.
 
Na Van da empresa, fomos eu, Mano Vargas, João Pêlo Duro, Jean Facada, Macaulay Culkyn e Dude Montador que foi pilotando a maquina infernal, como era conhecida a Van. Timão !!!
 
No “ Suvaco “ cabiam umas 100 / 150 pessoas, sentadas; mais umas mesas de plástico prás autoridades (entre elas, nós) e dá-lhe show. Luz amarela, elétrica (sem lead) e pouca ventilação. Uma beleza.
 
Começamos á beber cerveja “ Proibida “ (que patrocinava o evento), umas Caipirinhas (acho que colocaram querosene em vez de cachaça), beliscar uns cubinhos de mortadela Marba com limão, amendoins salgados quando ............abrem-se as cortinas do pequeno palco e aparece .........Biro Biro do Corinthians ............ Olhei bem e vi que era o próprio Ovelha mas muito parecido com o Biro Biro. Sacanagem.
 
O “ engenheiro de som “ do Ovelha, ligou um imenso play back que estava sobre uma cadeira, no palco e Ovelha, após cumprimentar o público, começou á cantar. Não reconheci uma música sequer aliás, minto, a fera cantou “ Is my love “ da Babi Amarantos, a única que reconheci.
 
O pessoal que estava comigo não gostou muito do show pois o acharam “ fraco “ e quiseram me largar lá no Trombudo prá eu ter que voltar de taxi. Expliquei –lhes que eu não ouvia falar mais de Ovelha, fazia 40 anos e tentei dar uma nova emoção na vida da obra. Relevaram e me perdoaram ( ainda bem ) .
 
Na saída, tentaram nos vender CDs do Ovelha, ficamos putos e Jean quis abrir o sujeito no facão, não deixei, pois, ele é também uma vítima da mídia cancioneira deste país. Quando estávamos entrando na Van, chega um taxi e Ovelha, seu empresário e fiel escudeiro mais o Play Back adentram o mesmo e partem rumo ao infinito.
 
Pensei comigo .....o cara vem fazer show .....de taxi !!!!!!   Putz, que fase !!!!!
 
Mais uma que conheci neste mundão de Deus.
 

Fred Assoni