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04/10/2016
“O Abutre”!

“Querido abutre, ave carnívora de ínfima categoria: come carne podre!

Querido abutre: contenta-se com resto, dejetos escarniosos!
Não se engane : a ti o que encanta é o fétido olor do apodrecido.
Não passa de uma zoonese aos que caem em seu alvo, portanto assuma que para nada mais serve senão espalhar sua frustração decrépida por não ser um carcara!”
Abutre: falso amigo que em sua nefasta intenção de acabar com o que está em decomposição, por sua visão turva do que é vida-viva e vida semi-morta , espera ardilosamente o momento de atacar sua vítimas.
Abutre, voe, voe mesmo no seu limitado explendor de ave e acredite que pode esconder-se mas atento: seu destino é premeditado e já se sabe por onde espalha seus excrementos depois de sua tarefa presumidamente cumprida.
Se conhece sua empáfia por trás desta generosidade em não deixar à terra o que não te pertence.
Pérfido ser do inferno!
Pensa que este é o fim?
Pensa que fará dos que reluzem vitalidade sua comida mais fresca deliciando-se com algo que não faz parte de seu menu sanguinário e sovino?
Tolo engano!
Avarento, mesquinho acético penoso!
Não presuma que pode deleitar-se do que nasce em uma açucena e voa com magnitude de cara limpa e decência intocável!
Antes que seu projeto de boca, neste bico ridículo que sustenta façam seu alvo,  apunhalado estará neste corpo capenguento. Sim, manco! Sua ilusão yuppie de um jovem executivo dinâmico é um falsário de seu ambicioso desejo de fustigar suas vontades degradantes de cheirar a desgraça.
Terá seu próprio veneno e sua garganta contorcendo-se com seu sangue negro a pingar enquanto será estrangulado seu disfarce mutilado pelo olhar fulminate de quem descobre sua mania doentia em zonear até ter o prazer de destroçar o cadáver.
Acanhada intenção! Não há defunto aqui para sua fome rixosa.
Será  apunhalado tantas e tantas vezes num golpe de mestre por sua pretensão infantil em tornar comível o que segue vivo e latente.
Pense ser capaz de aniquilar  porque , assim, a vingança dos justos ecoará aos 4 ventos e ouvirá as risadas prodigiosas insuportáveis à sua missão degradante neste planeta.
Ave de rapina dissimulada!
Não é nada mais que um ser nutrido por fedor contaminante.
Excelentíssimo Abutre, bata suas arriadas alas, escafeda-se antes que seu fim seja o cadafalso.
Abutre fuja com pressa a tempo de não ter cravada uma espada em seu peito tão pronto quanto sua mirada distorcida do que não é escara.
Seu corpo à meia vida: presente a seus amigos de farra retumbante enquanto no show de seu fim se escreve poesia de amor e guerra.
Podre abutre”!

   Daniele de Cássia Rotundo