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01/06/2018
Nossos heróis morreram e outros não nasceram

Nós os mais velhos, desde jovens fomos condicionados para saber que o bem sempre vence o mal. E de fato isso era constante. O mal sempre foi vencido e até pensava-se que isso seria para sempre. Nossos heróis nunca nos abandonavam e sempre nos salvavam dos bandidos. Tínhamos vários deles que eram combatentes implacáveis contra o crime. Lembro-me do Tim Holt, Rex Allen, Hopalong Cassidy, o xerife Wyatt Earp, Randolph Scott, Roy Rogers, John Wayne, Gary Cooper, o Zorro, Bat Masterson, James West e etc. Antes deles tivemos o Capitão Marvel, o Fantasma, Superman (super-homem) o homem de aço, Batman e Robim e outros que eram por demais temidos pelos infratores, os chamados de “fora da lei”.

Dizem que uma vez é da caça e outra vez é do caçador. Invertendo posições e traduzindo para esta atualidade: Uma vez é do mocinho e outra vez é do bandido. Sim, as situações se intercalam, se invertem. Nesta época está sendo a vez dos bandidos, visto que, quase diariamente se tem notícias de falcatruas, corrupções, roubo do erário e etc. Isso tudo e mais está na consequência de provocar pobreza, desemprego, mais favelas, retrocesso na educação, na saúde, na consequência de aumentar alarmantemente os latrocínios e tudo o mais que prejudica, afronta, adoece e “tortura” o povo.

Neste mundo onde reina o inevitável dos contrastes que conhecemos como “tudo o que nasce morre, tudo o que aparece desaparece, tudo o que existe deixa de existir”, aqueles heróis acima citados conforme apareceram eles desapareceram e nós ficamos a mercê de tantos bandidos que legalmente (graças aos escrutínios secretos por onde eles são bem ou mal escolhidos) se inserem em cargos públicos em benefício próprio, parece que “apenas” em benefício próprio e para aprovarem leis que, no mais das vezes sejam contrárias ao bem público, mas, para o bem próprio.

“Já não se fazem heróis como antigamente” (risos). Parece que depois daqueles do passado que desapareceram e depois que o Capitão Marvel e o Superman se enferrujaram (risos) isso deixou aqueles do poder que são psicopatas livres para suas corrupções. Só quando alguns amantes da impunidade são pegos “com a boca na botija” é que poderão ser processados. Depois será preciso tomar muito cuidado com aqueles que tenham o dever de julgá-los porque... Eles podem se atrapalhar com as leis, pois, às vezes, elas são entendidas conforme o lado donde se inclinam suas cabeças. Coitados, às vezes vários deles perdem seus sonos e muito se torturam quando “sem querer” eles deixam de ser imparciais.

Antigamente existia um programa de rádio que era dramatizado e se chamava “O crime não compensa”. Como tudo que aparece depois desaparece, se tal programa continuasse a existir até estes dias com o título que tinha, repetindo, “O crime não compensa”, muitos dos crimes, principalmente os de lesa pátria seriam diminuídos (até parece).

Enfim, se os ilícitos, se os “fora da lei” não existissem, muitos advogados e juízes ficariam desempregados, seriam desnecessários. O que seria dos psicopatas se não existisse corrupção? O que seria do inferno se não existissem pecadores (risos)? O que seria dos planos de saúde se não existissem as doenças? Mas que paradoxo! Parece que o bem precisa do mal para se nanifestar. E o mal precisa do bem para poder corrompê-lo.

Às vezes “psiquiatricamente” fico pensando: Quem será que inventou e construiu este mundo tendo tantos contrastes se necessitando e se complementando? Ah, já me falaram que vivemos sob a lei dos opostos. Isso dá a entender porque em qualquer supremo tribunal sempre tem os que estão a favor e os que estão contra a justiça correta. Terminando, nós os mais velhos que fomos educados com bons exemplos lá no passado é que também “pagamos o pato” pelas fraudes cometidas por aqueles psicopatas irremediáveis e “mamantes” dos seios do governo deste país.

 

Altino Olympio