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21/01/2019
A história de quem fez história

Parece que não, mas, existiram sim alguns homens que dedicaram as suas vidas apenas à verdade e a desmentir as mentiras. Um deles, sem dúvida foi o Jiddu Krishnamurti (1895-1986) aquele que esteve sendo preparado pela Sociedade Teosófica dos tempos de Charles Leadbeater (1847-1934) e de Annie Besant (1847-1933) para ser um “instrutor mundial”, um novo messias e guia espiritual de toda a humanidade. Mas, o indiano krishnamurti numa grande reunião da Sociedade Teosófica na Holanda, em 02/08/1929, na presença de cerca de três mil membros da Ordem da Estrela, da qual ele era o líder principal, ele anunciou a dissolução da tal Ordem através de um discurso antiteosófico e antirreligioso.

Aqui, um resumo de um resumo do discurso dele: “Eu sustento que a verdade é uma terra sem um caminho e você não consegue se aproximar dela por qualquer caminho, por qualquer religião, por qualquer seita. A verdade sendo ilimitada incondicionada não pode ser organizada nem deve qualquer organização ser formada para conduzir ou coagir as pessoas por um caminho particular... Eu não quero seguidores... A partir do momento que você segue alguém, você cessa de seguir a verdade. Mas, é isso que todos no mundo estão tentando fazer. A verdade é reduzida e transformada em um brinquedo para aqueles que são fracos... Eu estou interessado em somente uma coisa essencial: livrar o homem. Eu desejo livrá-lo de todas as prisões, de todos os temores e não fundar religiões, novas seitas, nem criar novas teorias e novas filosofias”.

De fato, a partir daquele dia de agosto de 1929 e daquela dissolução da “Ordem da Estrela” ele viveu conforme se prometeu. Nenhuma religião fundou e nunca procurou conquistar seguidores. Teve uma vida independente como escritor e palestrante. Em seus livros e em suas palestras sempre teve como objetivo “abrir os olhos” dos homens para que eles não se iludissem com os “caminhos” que a nada conduzem e que são os escolhidos pela maioria que não usa a inteligência para “não caminhar” por eles para poder se proteger de suas idéias ou conceitos ilógicos que transcendem a consciência e a existência.

 

Altino Olympio