Versão para impressão

14/06/2019
Canudo plástico a bola da vez

Qual será o próximo ?

A primeira investida foi nas sacolinhas que são 100% recicláveis, agora são os canudinhos que também são 100% recicláveis. Ambos garantem um segmento forte na indústria dos plásticos, mantém milhares de empregos e alta arrecadação tributária. 

São os vilões da poluição? - depende da política de cada País no destino dos seus resíduos residenciais e industriais. Òbvio que descartar qualquer tipo de plástico na natureza é um crime  barato e sem punição, isso inclui os famosos aterros sanitários. Tem também o viés do povo sem educação e porco por natureza onde o raciocínio é " o rio, o mar, o ar não é meu é do governo, daí eu posso jogar lixo, depredar, etc.  nesse caso vigora a burrice endêmica e claro os predadores em busca do lucro fácil deitam e rolam e não raro com a conivência dos governos. 

A solução mais dia menos dia terá que ser encarada, ou se recicla tudo o que se descarta ou em poucos anos o mundo vira um grande "jardim "de lixo fedorento e tóxico.

No Brasil como na maioria dos países do mundo, falta incentivo a atividade de reciclagem como: isenção fiscal, financiamento a juros subsidiados e a longo prazo, capacitação tecnológica, etc. No final o custo seria imensamente menor para o contribuinte e um mundo limpo como prêmio.

Um exemplo que poderia ter sido de repercussão mundial foi o projeto original do CTR de Caieiras elaborado pela antiga CAVO do grupo Camargo Correia, nele estava previsto além da perfumaria habitual para agradar fiscais da natureza de plantão, a reciclagem em larga escala. Com o tempo tudo não passou de mais um projeto mirabolante e virou aterro sanitário com milhões de toneladas de lixo embaixo da terra, acompanhado dos milhões de reais ou dolares em que poderiam ter sido transformados com a venda dos resíduos reciclados. 

O projeto de lei que proíbe o fornecimento de canudinhos de plásticos em restaurantes, padarias, bares e hotéis de São Paulo foi aprovado na Assembleia Legislativa de São Paulo. Qual será a próxima vítima dos míopes de plantão?.

 


Edson Navarro - Economista