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08/07/2019
O gostar de alguém sem o alguém saber

Era uma vez (risos) quando me encontrei com a conhecida Inês Pastro e lhe perguntei sobre a irmã dela, a Neusa Pastro. Ela me disse que a irmã morava em Santos e viúva ela estava sozinha. Disse-lhe então que iria falar isso para um amigo, o Doralicio Gonçalves Pereira que estava morando no Estado do Mato Grosso do Sul em Volta Redondo e que ele gostava dela quando trabalhava na fábrica de papel da Indústria Melhoramentos de Caieiras. A Inês me disse que eu podia sim falar pra ele.

Telefonei para o Doralicio contando-lhe o que soube da Neusa e o lembrei de quando ele pela janela ou vitrô daquele corredor que ficava entre o laboratório de cima e o de baixo onde ele ficava esperando a Neusa para diariamente vê-la passar subindo por aquela escadaria que existia entre as casas e aquele jardim todo gramado do escritório da indústria Melhoramentos, isso, por volta do ano de 1958.

Surpreendentemente ele disse que não se lembrava dela e nem de que a esperava passar por lá para vê-la. Ele me disse que quase tudo havia se apagado de sua memória, mas, se lembrava de mim que havia se casado com uma espanholinha, do Lourival Martinho, do Ezequiel Guilarduce que eram da Vila do Charco Fundo e de quase mais ninguém.

Disse-me que sendo viúvo estava vivendo com outro alguém e convidou-me para ir visitá-lo. E se eu fosse ele iria me esperar na rodoviária, pois, lá era um lugar muito perigoso onde os assassinatos eram comuns. Daí penso que percebi porque ele não se lembrava da Neusa e de quase mais ninguém. Ficou com medo de morrer por causa de ciúmes de quem o tinha sob sua companhia (risos). Entretanto, ás vezes eu o via lá naquele corredor do laboratório para ver a Neusa passar, ela que sempre usava o penteado chamado de “rabo de cavalo”. Como ela era eu ainda a mantenho na memória. Aqui abaixo o link de uma música para lembrar o Doralicio e a Neusa daqueles tempos saudosos.

 

https://www.youtube.com/watch?v=fV5Fr5IyAIc

 

Altino Olimpio