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07/12/2022
Prisioneiros de si mesmos

Parece que todos que vivem

Vivem aprisionados em seus corpos

Se são o que são ou como são

Não foi porque se deixaram prender

Tudo foi devido ao se nascer

Mas ninguém se nasceu, nasceram eles

Parece que quem nasce não pede pra nascer

Vem a existir como consequências

De um ato de prazer chamado de sexo

Praticado por um homem e uma mulher

No mais das vezes tendo como prioridade

Apenas o prazer da satisfação sexual

E em tal excitação sensual emocional

O desejo de ter filhos nem é presente

Mas nessa armadilha da natureza (risos)

Para a reprodução da espécie

Consequentemente os filhos vem

Eles não sendo totalmente eles

Eles são a hereditariedade ou herança genética

Ou tendências adquiridas de seus pais

Se assim for nós não nascemos originais

Sendo nós mesmos sem tais tendências

Quanto ao viver sem ter pedido pra nascer

A imaginação humana foi muito fértil

Em pensar que o nascer é um renascer

Ideia esta da necessidade de reencarnar

E nesta vida somos prisioneiros sim

Da incapacidade de comprovar isso

E todas as ideias que nos são impostas

Que ficam sendo como disputas ou apostas

Se são verídicas ou não para este nosso viver

Desde quando viemos pra cá por um acontecer

 

Altino Olimpio