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11/03/2024
Não vou, é muito longe

Não vou, é muito longe

Quando me dá vontade de passear, viajar, desisto porque tudo é tão longe.  Por exemplo, da Cidade de São Paulo até a Cidade do Rio de Janeiro, se não houver algum empecilho no trajeto e mantendo constante a velocidade de cem quilômetros por hora, pelo cálculo demora quatro horas. Viajar para a Europa, mesmo sendo de avião demora muito porque é muito longe. Para lá não vou porque não gosto de percorrer longas distâncias. Distâncias, quem será que as inventou? Só de ouvir falar nelas fico com preguiça. Se eu pudesse com o meu corpo viajar pelo pensamento eu não teria preguiça.

Iria para qualquer lugar usando a mente, embora, a mente quase sempre mente. Vieram me contar que distâncias estelares são medidas pela velocidade da luz e que tal velocidade corresponde a, arredondando, trezentos mil quilômetros por segundo. O sol, por exemplo, está pertinho da terra, distante apenas cento e quarenta e quatro milhões e oitocentos e dez mil quilômetros. Sua claridade ou luz, na velocidade da luz, chega aqui na terra em apenas cerca de oito minutos. Como a distância é “curta” ela chega rapidinho. 

A estrela mais próxima da terra, a Alfa Centauri, não fica muito longe. Está apenas 42.000.000.000.000 de quilômetros daqui. A luz dessa estrela demora cerca de quatro anos e meio para chegar até nós, repetindo, na velocidade da luz, trezentos mil quilômetros por segundo. Não quero ficar caduco ao pensar nas distâncias de outras estrelas que não estão próximas. Essas medidas de distância que estão neste breve texto foram estimadas por cientistas usando telescópios potentes. 

Não sei se aqueles evoluídos daqui da terra numa viagem astral (sair do corpo físico) conseguem chegar até a estrela Alfa Centauri na velocidade da luz. Muitos cientistas acreditam que foi numa explosão (o Big Bang) que o Cosmos veio a existir. Entretanto, muita gente acredita que foi um Ser poderoso que vive lá no céu quem deu existência ao universo, ao Cosmos. Existindo nele, bilhões e bilhões de sóis (estrelas) e bilhões e bilhões de planetas, pergunta-se: Para que tudo isso? Não é um exagero? Talvez não para quaisquer criaturas de outros planetas e de outras galáxias que consigam num disco voador viajarem até o infinito. Mas, nunca saberemos o que tais criaturas iriam fazer lá na “fronteira” com ele, com o infinito.

Altino Olímpio