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13/10/2009
Venha a nós todo o lixo... da grande s.paulo... e mais...

Lixão da Essencis em Caieiras, ex- CTR de 1º mundo
Lixo irá para Anaconda e Caieiras (09102009)

JULIANA NAKAGAWA

A partir de hoje, todos os seis municípios que estavam realizando o transbordo do lixo no aterro da Pajoan, em Itaquaquecetuba, deverão destinar diretamente os resíduos sólidos para os aterros Anaconda e Caieiras. Isso porque a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) indeferiu o pedido feito pela direção da Pajoan, que solicitava a prorrogação do prazo em mais 30 dias para a utilização da área de transbordo.

Com isso, os municípios de Arujá e Mogi das Cruzes, que são atendidos pelo Sistema Transparente de Limpeza Urbana (Stralu), destinarão diretamente o lixo para o aterro Anaconda, em Santa Isabel. As cidades de Poá e Itaquaquecetuba, cuja coleta e transporte são realizados pela própria Pajoan, levarão os resíduos para Caieiras, assim como deve acontecer com Ferraz de Vasconcelos e Suzano.

Com a proibição do transbordo em Itaquá, os municípios terão de arcar com o transporte diretamente até os aterros indicados. "Com exceção de Poá e Itaquá, onde também realizamos a coleta, os outros municípios só têm contrato para a disposição final de lixo. Eu estava fazendo o transporte porque estávamos impossibilitados de depositar os materiais no nosso aterro. Mas agora estou indicando para todas as prefeituras que tudo o que for recolhido deve ser levado para Caieiras", explicou o proprietário da Pajoan, Carlos Cardoso.

A Stralu assumiu o compromisso de levar os resíduos de Arujá e Mogi para Anaconda. Suzano informou que "a Prefeitura oficiou a Pajoan quanto aos termos previstos no contrato e a empresa se comprometeu em viabilizar a nova logística junto à responsável pela coleta (Pioneira)". A reportagem não conseguiu contato com a Prefeitura de Ferraz de Vasconcelos para verificar se o município arcará com a mudança.

O que muda para cada Cidade é que, certamente, haverá mais custos para a empresa que coleta e transporta o lixo. Cardoso disse que para levar o lixo a Caieiras, a Pajoan gasta 3,8 mil litros de diesel por dia. "São 85 quilômetros de viagem", afirmou.

De qualquer forma, a 1,5 mil tonelada de lixo por dia que era destinada ao aterro da Pajoan agora não passará pelo transbordo em Itaquaquecetuba. E, com isso, fica mais distante a solução final do problema, que seria a reabilitação do empreendimento para comportar o material dos seis municípios.

Em relação ao contrato das prefeituras com a Pajoan, não haverá alteração em relação às cobranças. Cardoso continuará recebendo os pagamentos dos contratantes e repassará o valor para Caieiras, que receberá o volume que deveria ficar com a Pajoan. "E enquanto isso, esperamos o laudo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) para que seja atestada a estabilidade do aterro. Se este laudo já estivesse pronto, nada disso seria necessário", disse Cardoso.

A Cetesb, por sua vez, certifica que não irá permitir o transbordo ou a retomada das atividades do aterro em Itaquá enquanto não houver o atestado do IPT. No entanto, ainda não há previsão de quando o documento será emitido.

N.R. É sempre bom lembrar: o autor da lei que autorizou o funcionamento do lixão foi o ex-prefeito Névio Dartora e os vereadores da época. O projeto inicial feito pela Cavo era de "primeiro mundo" com tratamento, reciclagem, etc.






O Diário - Mogi Das Cruzes