» Colunas » Saúde

22/04/2020
Coronavírus: Remdesivir - antiviral

O medicamento remdesivir, usado contra o ebola, está entre os mais estudados para combater os sintomas causados pelo novo coronavírus, assim como a cloroquina. Agora, um estudo feito pela Universidade de Chicago, e divulgado pelo site médico Stat, indica que o remdesivir ajuda na recuperação de pacientes que desenvolveram a doença covid-19.

O tratamento acelera a recuperação da febre e de sintomas respiratórios, o que fez com as pessoas que participaram do estudo fossem liberadas do hospital em menos de uma semana.

“A melhor notícia é que a maioria dos nossos pacientes já recebeu alta, o que é ótimo. Apenas dois pacientes morreram”, disse Kathleen Mullane, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Chicago que supervisiona os estudos de remdesivir. “A maioria dos nossos pacientes é grave e sai em seis dias, o que indica que a duração da terapia não precisa ser de dez dias. Temos muito poucos que duraram dez dias, talvez três”, afirmou.

A Universidade de Chicago, no entanto, ressalta que as descobertas do estudo, feito com 125 pessoas, não são definitivas e não devem ser adotadas para tirar conclusões.

Uma das principais limitações do estudo é que não houve um grupo de controle. Ou seja, o efeito do medicamento não foi confrontado com o de um segundo grupo que tomou um placebo.

O medicamento também já foi usado para combater a mers, síndrome respiratória aguda grave do Oriente Médio, um vírus que é parte dos coronavírus.

Em carta aberta à Gilead Sciences, empresa de biofarmacologia baseada na Califórnia, mais de 150 organizações sociais e ativistas do mundo todo pedem, desde o fim do mês de março, que a empresa abra mão de reivindicar direitos exclusivos sobre o medicamento remdesivir. A iniciativa da fundação Médicos Sem Fronteiras.

A Gilead pode reivindicar exclusividade de produção e marketing com base nas patentes que possui em mais de 70 países. Segundo a carta aberta, o monopólio coloca em risco a acessibilidade ao tratamento da covid-19 para milhões de pessoas em todo o mundo.


Revista Exame

Leia outras matérias desta seção
 » Micro- Ondas é seguro?
 » A cor da urina pode revelar doenças
 » Coletor menstrual - vantagens
 » Comidas ultraprocessadas
 » Dor nas costas
 » Ozempic - Samaglutidina
 » Aranhas perigosas
 » Câncer está ligado nas lesões do DNA
 » Alzheimer é um tipo de diabetes?
 » Câncer de pênis
 » Cafeína
 » Cúrcuma
 » Sífilis aumenta no Brasil
 » Insulina... tipos e aplicação
 » Vinagre e alho na vagina contra candidíase....
 » Tremor nas mãos
 » Catarata - olhos
 » Herpes zoster: quem já teve catapora pode desenvolver a doença
 » Diabetes: 28 amputações por dia
 » Diabetes: 2024 terá enxurrada de lançamentos


Voltar