23/04/2012
As festas de fim de ano .

Fim de ano chegando e com ele a agitação comum que se repete e nunca se modifica.Antes os preparativos para o Natal ocorriam mais tarde.Os comerciantes, as ruas e as casas eram enfeitadas apenas em dezembro, 15 ou 20 dias antes da tão esperada comemoração.Hoje desde o início de novembro o clima de Natal circula por bairros, ruas e cidades.As pessoas já entram num  estado de stress tão grande que a impressão que se tem é que, quanto antes se inicia os preparativos, menos tempo se tem para se fazer o necessário.Estes rituais pré estabelecidos e que tanto cultivamos é histórico.Precisamos dele como forma de fortalecer ou demonstrar sentimentos. Na verdade, Natal não deveria ser esta forma angustiada de confraternização.Natal ou qualquer outra data comercialmente estabelecida deveria ser apenas oportunidade de encontros e convívios que ao longo do ano são esquecidos ou deixados para segundo plano.Religiosamente falando, Natal deveria ser um momento de reflexão,ponderação e de emanação de bons sentimentos.Presentes, festas,comilança exagerada nada tem a ver com o sentido filosófico deste momento natalino.Seguimos o embalo,cultivamos as futilidades,apoiamos a materialismo, alimentamos o consumismo e nos enroscamos no desespero geral da correria. Lojas, supermercados, trânsito, tudo a mil por hora.As  pessoas parecem alucinadas, desesperadas e a sociedade entra numa paranóia tão grande e tão estafante que a data em questão perde seu real sentido.Será que sempre foi assim?Não sei.Entendo que o ritual foi imposto.Participo também dele, mas não transfiro a este momento minhas frustrações de um ano inteiro . Não invisto nele como se fosse a minha única oportunidade de restabelecimento espiritual,nem tão pouco espero dele ressarcimento ou bênçãos por sofrimentos passados.Não faço mais , nestas datas, as  eternas   promessas de mudanças de vida  e nem mesmo faço solicitações divinas por dias esfuziantes.Tento apenas aproveitar os momentos de descontração que ele oferece sem grandes expectativas.Curto as ilusões do Natal nos olhos brilhantes da criançada cujos sonhos ainda brotam interiormente.  Talvez todos devessem ser menos exigentes neste período,encarar a datas de uma forma mais tranqüila,sem as obrigações do presentear, do comer  compulsivamente .O ano pode estar acabando, mas não é por isso que as pessoas devem  se arrebentar. Pensar no Natal como um dia religioso talvez seja mais importante  do que pensar no Natal como um dia de festa.Afinal um pouco de espiritualidade ainda é muito mais salutar do que qualquer outra coisa.Pensar em cultivar um clima tranqüilo,sem grandes tumultos e agitações também pode ser compensador. O ano inteiro com 365 dias, oferece mil oportunidades, chances e meios de se realizar coisas. Presentes podem ser dados em qualquer data.Reuniões podem ser realizadas a qualquer momento e o espírito de solidariedade e generosidade podem ser exercitados  ao longo do ano.Não exclusivamente em dezembro. Não há razões  para tanta ansiedade. Melhor é  diminuir o ritmo .Nada mudou. Simplesmente é Natal!


Fátima Chiati

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