04/04/2016
Doença de amor

Sabe  aquela estória de que sofrer por amor é coisa de fracos?

Ou aquela que dor de cotovelo só existe para quem não tem autoestima?
Pois é! É tudo conversa para boi dormir!
A real é que em algum momento de nossas vidas nos damos conta que já sofremos por amor sim (e seguimos sofrendo)! E que este amor será sempre nosso grande amor! Um amor incondicionado ao tempo, aos defeitos.
Ah! Claro! Óbvio! Mas se não foi um amor duradouro não foi amor “de verdade”! Mentira!
O amor mal correspondido ou o amor acabado pelo desgaste da falta de maturidade , é, e sempre será, um amor!
Um amor daqueles que o tempo não apaga!
Mas por que acabou?
Boa pergunta! Talvez os amores não devam e não possam durar toda uma vida terrena porque temos “demasiadas coisas” para fazer e conquistar do que nutrirmos um amor!
É a triste verdade!
Longe de dar nome aos eventuais culpados pelo fracasso amoroso que carregaremos por toda a vida, ainda que calados e com muita vergonha em admitir que erramos, e erramos feio, o “x” da questao é que falhou o programa, deu erro na digitacao, acabou a tinta da impressora e ficamos literalmente na mão!
As relações humanas (e aqui humanas mesmo porque os animais são mais fiéis aos seus sentimentos que nós!) são enchidas com tantos despautérios, com tantos “senões”, “porques” que acabamos por esquecer do mais importante: que até o amor supostamente eterno caduca, atrofia, entristece, desfalece e diz um sonoro adeus em busca de um outro recôncavo no seu reconvexo jeito de ser!
E assim, ficamos desprovidos, desintegrados, vazios e até indignados!
Mas sobrevivemos,  ninguém morre por amor ou de amor!
A questão é que o tempo passa, as pessoas entram e saem de nossas vidas, e alguma fica até o  fim de nosso martírio emocional mas nunca nos damos por satisfeitos em nosso coração já lastimado!
E sabem por que? Porque um amor verdadeiro pode sim acabar mas nunca deixar de existir!
Um amor verdadeiro pode sim cansar de tentar e tentar e finalmente resolver descansar mas não deixa de ser amor nunca!
E fazer o que? Não sei! Como diriam os otimistas de plantão (e que bom que eles existem)”não encana, desencana, doença de amor se cura com outro, Acabou?que bom! Voces não combinavam mesmo”!
Agradecemos a todos pela infadante tentativa em levantar nossos egos ! Mas existem amores que carregamos por toda uma vida e não esquecemos jamais! E fatalmente o tempo, ou a falta dele, nos tornara mais fortes, mais cegos e se Deus nos ajudar “menos conscientes”!
Menos conscientes para suportar esta ausência que não se preencherá com nenhuma Angelina Jolie ou Brad Pitt!
A cruel realidade é que quando nos entregamos a um ponto profundo do amor, não há volta!
Nos enraizamos, nos detemos, nos perdemos num sentimento sem precedente e sem descendente!
Ah!!!! Se eu soubesse o que sei com 40 aos 20! Eu certamente teria errado por amar demais, amar de menos mas saberia exatamente onde mora o amor que deveria para ficar!
Vamos lá: quando descobrimos  que este amor era o verdadeiro amor e não o infame amor>
Quando analisamos nossas trajetórias amorosas e percebemos que mesmo com tantos erros, com tantos defeitos, com tantas brigas, desentendimentos, pontos finais, não deixamos de sentir aquela vontade quase insana de andar de mãos dadas com este quase “antigo estorvo”, quando concluímos que a “cueca fulô” (ou calcinha) nem era tão fulo assim, quando o ronco era quase um ronronar felino, quando a maneira “grossa” de dar “bom dia” é o único que queriamos ouvir porque afinal aquele era ele, ou ela!
E o amávamos assim: reclamando mas exatamente assim!
Ai fica a saudade!
A culpa deixa de lado, porque nada mudará senão a probabilidade de nos tornarmos insuportáveis em repetir a tremenda falta que este amor nos faz!
Longe de dar espaço a uma péssima interpretação de que o amor sofrido é o amor que talvez não saia de nossas vidas, a intenção aqui é uma análise crua e feia de que o amor tem pernas e anda!
A noticia boa é que podemos seguir amando, e amando, e nos apaixonando (ops, isto não é amor, ok?),e existe uma retmota chane que apenas no último minuto de nossas vidas um click nos faça entender que “aquele amor” foi “o verdadeiro amor”!
Então, se você não tem certeza se você já não o ama (a), para tudo, revê seu coração e só tome a decisão de que já não quer seguir com este pseudo amor quando for capaz de conviver com sua extinção completa em sua vida!  
Sim! Eu tive um amor assim! Sempre o terei! E você?


   Daniele de Cássia Rotundo



Leia outras matérias desta seção
 » Fim de tarde apocaliptico ou não ?
 » 70 borboletas...
 » Textinho de domingo
 » Flores amarelas
 » TAPACHULA - 3ª parte
 » Poesia do eu
 » Finalmente 26 de dezembro!
 » Ainda em Tapachula 
 » Mudando para o México, destino: Tapachula
 » O que eu fiz até agora ?
 » Onde mora meu Pai ?
 » Cagando no racismo
 » A propósito da Bebel
 » À minha Mãe
 » Paranoias momentaneas
 » Texas: o lugar das armas 
 » A latência
 » Dia Internacional da Mulher?
 » Eu acendi uma vela na mesa da sala de jantar.
 » Sapos
 » Sobre a Costa Rica
 » O custo do diagnóstico
 » Sair da bolha
 » Tudo parecia caminhar para o fim?
 » Eis a minha pergunta: “ faço o que agora”?
 » Estado neardenthal?
 » No mundo dos "Es", pensando como pensar
 » Pensando como pensar
 » 2020 - Cicatrizes na alma
 » João, Pedro e Rita - parte II
 » O mês do cachorro louco
 » O peso das coisas
 » João, Pedro e Rita
 » E se tudo isso não passar
 » Diário caótico sobre o coronavírus
 » Oração de aniversário
 » Encontros & Desencontros II
 » Encontros & Desencontros e o tempo
 » O tempo e a mulher do espelho
 » A mulher do Espelho
 » Sou mas quem não é (pirada)
 » Biblioteca
 » Carta para os olhos vazarem
 » Férias no paraíso, pero no mucho.
 » A dificuldade de recomeçar
 » Texto exclusivamente feminino
 » Meu Amigo!
 » O incêndio no Museu Nacional
 » Diário de uma jovem Mãe
 » Depressão: O beijo da morte
 » Depressão: os ruídos
 » A bolsa misteriosa de Anabella
 » Amizade
 » Em Terra de cego quem tem olho é rei?
 » Inspiração
 » Se disser que esperará, espere!
 » Eu acredito na humanidade!
 » A bituca de cigarro
 » Os filhos voam!
 » Ser limpante ou o trabalho caseiro
 » Carícia da vida
 » A verdade
 » As palavras matam ou morrem ?
 » Matemática simples
 » Família um conceito complexo
 » Altruísta egoísta
 » A pequena bolsa de Anabella
 » À deriva (?)
 » Adeus ano velho
 » Quando o bem não faz bem!
 » Forever
 » Quero Poetar!
 » “O Abutre”!
 » Me permito amar?
 » Quebrar-se
 » A felicidade
 » Impiedoso tempo
 » Quem sou eu ?
 » Esquecer
 » Esquecer @? - Olvidar
 » Fragmentos II
 » Fragmentos
 » Despertemos!
 » Transe no deserto
 » Destino ridículo !
 » O cortiço da vida
 » Círculo de desafetos
 » Sou um vulcão
 » Conversa com a àrvore
 » Encerrar ou cerrar ciclos?
 » A “basura” no México
 » Doença de amor
 » Poesia
 » As regras da vida
 » Os grandes homens....
 » Prelúdio à loucura
 » Razões para amar? Razões para o amor?
 » O mundo perdido dos sonhos!
 » Devaneios de um cérebro ?

Voltar