07/09/2016
A felicidade

“Não precisamos saber sempre a verdade, só sermos felizes”!

A felicidade é um estado de espírito?
Felicidade é ser feliz?
Ser feliz é um estado de espírito?
Ser feliz é felicidade?

Estas 4 linhas uníssonas e inevitavelmente dicotômicas, ficarão para o fim desta pseudo-narrativa.
Meu filho de 10 anos foi quem “falou” a frase que inicia esta reflexão.
Ele iniciou sua explicação com os seguintes argumentos  - “uma criança diz a um adulto : “olha aquela estrela parece mover-se em nossa direção, que lindas são as estrelas”!
          O adulto: “Não, isto pode ser um meteoro em direção a Terra e, sendo assim, morreremos todos”!

Precisamos saber sempre a verdade ou sermos felizes?
Existe relação entre ser feliz e saber a verdade?

Eu me detive vários minutos tentando encontrar uma congruência racional, lógica e materialista para esta afirmação.
Pensei: mas se não sabemos a verdade estamos empacotados em falsas visões e beiramos a ignorância?
Por outro lado e muito menos radical, a verdade tem várias vertentes: a sua, a minha, a coletiva, a científica etc. Resumindo: há verdade e verdades. E estas verdades são objetivas, subjetivas e incontestes?
Não, definitivamente Não!
A verdade de hoje sobre fato certo, estudado, explícito de natureza palpável, facilmente poderá ser literalmente aniquilada e transformada em risadas de um passado ignorante, com uma nova verdade transmutada de uma verdade de segundos atrás!
A verdade que carregamos como pensamento integralizador de nosso eu e conjuga-se com uma farta “nossa” maneira de viver, reacionar, expressar-nos, em milésimos de segundos pode ir água abaixo, terra abaixo, ou, ao céu (deveras ao inferno também!) e regressar contando uma nova verdade que cambiará até nosso rosto no espelho, ruborizado por termos creído em algo tão infundado e sem perfume!
Síntese : (?) verdade não é fato, ou ato ou pensamento (ou o que queiramos) imerso, irremediável, memorável “ad eternum”! Talvez um imbróglio de suposições coletivas ou individualistas!
Ok! Ponto para meu pequeno filósofo filho querido!

A questão de ser feliz!
Posso ser feliz com minha verdade? Sim.
Sua verdade (do outro) pode arruinar a minha felicidade? Sim.
Se sua verdade pode estrangular meu ser feliz, então para que ou por que avalizar que esta “sua realidade” contamine minha verdade, ainda que para você seja bagatela de verdade?
Onde e quando a verdade se torna unânime, a ponto de definhar nos num decadente universo abarrotador da ânsia de ser feliz que late no peito constantemente?
Se minha verdade ( e só minha) me faz feliz, por que deveria reduzir-lá a a pó com sua verdade que me enfurnaria no duvidoso, ansioso e rancoroso; já que não seria minha conjugação perfeita de expressão pessoal e ímpar, ainda que relativa, de meu estado de “ser feliz”?  
Sim, todas as verdades são iminetes meteoros enfezados a ponto de desacreditar este estado optativo de felicidade totalmente particular.
Sim, todas as verdades são iminetes estrelas que podem transitar de um mundo pouco colorido para um com raios brilhantes e purpurados, levando alçar vôos às estrelas.
A felicidade, então, não é um estado de espírito.
Ser feliz não é um estado de espírito.
Ambos são opções!
Opções por sua verdade.
Pela verdade do que o faz pleno.
Você não depende da minha verdade e eu não dependo da sua verdade
para ser feliz!
Não, isto não é uma mentira tampouco passa perto da ausência do conhecimento.
Estas são opções de verdades daqueles que são felizes por suas verdades!


Não precisamos saber sempre a verdade (porque esta não é a sua verdade), e sim, só sermos felizes com a verdade que escolhemos.

Olhe o céu e veja suas estrelas, elas são suas estrelas, no seu céu e, certamente brilham para você! Seja sua verdade!


Verdade filho, você esta certo!

    Daniele de Cássia Rotundo
 



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