16/06/2017
A verdade

Um dia descobrimos estarrecidos que nossos defeitos podem falar mais sobre nós do que tudo o que ilusoriamente supomos ter construído num presunçoso mundo umbilical politicamente correto.
Olhamos para os lados quadriláteros da caixa pequena de nosso universo limitado e temos a convicta certeza de que nossos passos são medidos por críticos graduados no corpo celeste dos perfeitos.
E este mundo dos perfeitos, definitivamente não é nosso planeta de aterrisagem.

Caberia uma indagação de divã de analista com cara de paraíso : "o que é a perfeição "?
E já com tantas imperfeições, acumulamos mais uma e mandamos ao inferno estas palhaçadas de não conceituar ou não transformar em tabu à loucura, a felicidade, o amor, a compreensão e todos os adjacentes pensamentos modernos de emoções natas do ser humano. Porque na verdade é lindinho ser mente aberta a um conceito endurecido e seguir em frente julgando, pré julgando tudo o que não condiz com o burocraticamente correto.

Ridículas palavras encantadoras de problemáticos seres, quando ao virar as costas a única verdade pensada é o tamanho da suposta pequenez destas imperfeitas peças de museu com cheiro de atrocidades perambulantes.

O final fatal é : descobrir.

Descobrir o tamanho da merda social que somos: imperfeitos, passionais, desequilibrados e desprezíveis.
A vontade é única: sucumbir ao mutismo.

 

Daniele de Cassia Rotundo



Leia outras matérias desta seção
 » Fim de tarde apocaliptico ou não ?
 » 70 borboletas...
 » Textinho de domingo
 » Flores amarelas
 » TAPACHULA - 3ª parte
 » Poesia do eu
 » Finalmente 26 de dezembro!
 » Ainda em Tapachula 
 » Mudando para o México, destino: Tapachula
 » O que eu fiz até agora ?
 » Onde mora meu Pai ?
 » Cagando no racismo
 » A propósito da Bebel
 » À minha Mãe
 » Paranoias momentaneas
 » Texas: o lugar das armas 
 » A latência
 » Dia Internacional da Mulher?
 » Eu acendi uma vela na mesa da sala de jantar.
 » Sapos
 » Sobre a Costa Rica
 » O custo do diagnóstico
 » Sair da bolha
 » Tudo parecia caminhar para o fim?
 » Eis a minha pergunta: “ faço o que agora”?
 » Estado neardenthal?
 » No mundo dos "Es", pensando como pensar
 » Pensando como pensar
 » 2020 - Cicatrizes na alma
 » João, Pedro e Rita - parte II
 » O mês do cachorro louco
 » O peso das coisas
 » João, Pedro e Rita
 » E se tudo isso não passar
 » Diário caótico sobre o coronavírus
 » Oração de aniversário
 » Encontros & Desencontros II
 » Encontros & Desencontros e o tempo
 » O tempo e a mulher do espelho
 » A mulher do Espelho
 » Sou mas quem não é (pirada)
 » Biblioteca
 » Carta para os olhos vazarem
 » Férias no paraíso, pero no mucho.
 » A dificuldade de recomeçar
 » Texto exclusivamente feminino
 » Meu Amigo!
 » O incêndio no Museu Nacional
 » Diário de uma jovem Mãe
 » Depressão: O beijo da morte
 » Depressão: os ruídos
 » A bolsa misteriosa de Anabella
 » Amizade
 » Em Terra de cego quem tem olho é rei?
 » Inspiração
 » Se disser que esperará, espere!
 » Eu acredito na humanidade!
 » A bituca de cigarro
 » Os filhos voam!
 » Ser limpante ou o trabalho caseiro
 » Carícia da vida
 » A verdade
 » As palavras matam ou morrem ?
 » Matemática simples
 » Família um conceito complexo
 » Altruísta egoísta
 » A pequena bolsa de Anabella
 » À deriva (?)
 » Adeus ano velho
 » Quando o bem não faz bem!
 » Forever
 » Quero Poetar!
 » “O Abutre”!
 » Me permito amar?
 » Quebrar-se
 » A felicidade
 » Impiedoso tempo
 » Quem sou eu ?
 » Esquecer
 » Esquecer @? - Olvidar
 » Fragmentos II
 » Fragmentos
 » Despertemos!
 » Transe no deserto
 » Destino ridículo !
 » O cortiço da vida
 » Círculo de desafetos
 » Sou um vulcão
 » Conversa com a àrvore
 » Encerrar ou cerrar ciclos?
 » A “basura” no México
 » Doença de amor
 » Poesia
 » As regras da vida
 » Os grandes homens....
 » Prelúdio à loucura
 » Razões para amar? Razões para o amor?
 » O mundo perdido dos sonhos!
 » Devaneios de um cérebro ?

Voltar