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Radio 96,5 fm Antiga Caieiras de nossa gente

Antiga Caieiras de Nossa Gente

Aqui estou a lembrar-me de alguém que existiu e se chamava Senhora Tereza Greco. Ela sempre telefonava para o antigo e lembrado programa “Antiga Caieiras de Nossa Gente” da antiga Rádio 96.5 FM. Ela gostava do programa e muito nos incentivava. Uma vez pediu-me que falasse algo pessoal, mas, pensava eu que isso seria uma falta de ética. Hoje, disso estou arrependido, porque, era normal e aceitável o fato de ela querer me conhecer melhor, de que família eu era e etc. Ela deixou de telefonar para a rádio e eu senti sua falta. Num dia estando eu na casa da conhecida Alice Rodrigues Pasin, entre outras pessoas lá estava também à filha da Senhora Tereza Greco, que, se me lembro, se chama Yone. Sentada ao meu lado ela falou sobre como a mãe dela gostava do programa e eu perguntei quem era a sua mãe. Assim que fiquei sabendo eu lhe disse: Ah sei quem é, mas, ela deixou de telefonar faz algum tempo. “Mas ela morreu”, respondeu-me a filha. Pego de surpresa, minha reação foi muito forte acompanhada de uma tristeza indescritível. Alguém mudou de assunto e minha reação passou despercebida. Eu não conhecia a Tereza Greco pessoalmente, entretanto, diante daquela notícia senti que um elo de sincera amizade e carinho radiofônico havia se rompido. Naqueles programas de rádio como nestes de agora “Nostalgia na Madrugada” das sextas-feiras e levado ao ar pela atual Rádio Onda 87.5 FM de Caieiras somos um intercâmbio amistoso com os ouvintes. Pelas horas enquanto perdura o programa só nos existe uma união auditiva, mental e amiga. Nossos ouvintes nos são todos iguais em preferência e durante o programa nos irmanamos e como acredito se esquecendo de quaisquer dissabores. Ouviu-se dizer que nós desse programa não respeitamos os ouvintes. Isso não condiz com a realidade. Se não os respeitamos, por que para eles estamos levando-lhes entretenimento auditivo?  Verdade seja dita! Por detrás do microfone o condutor do programa é mesmo dado as molecagens. É brincalhão, é provocador, brinca com os ainda mistérios considerados sérios e já foi chamado de polêmico. Alguém já o ouviu falar sobre existências apenas humanamente imaginadas e hipotéticas? Com certeza, não! O condutor do atual programa em questão nada tem de ingênuo. Tem ele discernimento para não proferir hipóteses ou evasivas que possam dificultar mais o entendimento de pessoas sugestionáveis. Quanto às brincadeiras consideradas “pesadas”, elas podem ser, como também, podem não ser.  Depende da aceitação de quem as ouve. Existem aqueles que gostam e aqueles que não gostam. Os que gostam não se importam que os que não gostam ouçam. Ao contrário, os que não gostam, não gostam que os que gostam ouçam. Contudo, muitos se esquecem, que, diariamente, assistem as baixarias das novelas de televisão a transmitir as imundícies humanas e o poder devastador da televisão não se compara com um programinha de rádio regional. Se a saudosa ouvinte Tereza Greco ainda estivesse entre nós hoje, através do microfone eu diria pra ela: Aqui foi dito algo sobre mim dito mim mesmo.

                                                                                                                Altino Olympio