Versão para impressão

O desabafo da Fatinha

Nilson,

Respondendo ao seu email  abaixo , sobre o esgotamento das crônicas sobre a

Fábrica te explico o seguinte:

- Eu infelizmente, saí da Fábrica muito pequena, com 8 anos. Tenho feito o

possível. O que lembro  escrevo.

- O Altino,  excelente  cronista  e memória viva daquele  bairro,  escreveu
além do possível. Aliás, sem as crônicas dele poucas lembranças  existiriam.

- O Renato Marchesini, saudosista e amigo também fez o possível, arrumou
fotos, participou com alguns textos, comentários , relação de moradores

- Chico Trem também teve sua cota de colaboração muito valiosa, fotos,
crônicas,  etc.

- Edson Navarro, criou e cedeu o espaço no seu Jornal ,dando-nos  liberdade
e autonomia nesta tarefa deliciosa de recordações.

Te pergunto, cadê toda aquela gente que diz ter adorado tanto aquele local?

Não fomos os únicos moradores da Fábrica...

Fico triste   ao  ver que as pessoas não se manifestam e nem comentários fazem ao que  screvemos. Parece que escrevemos aos  fantasmas. O grande defeito dos caieirenses é este... pouco participar. Creio que a geração anterior à minha tenha sido até  mais animada,” curtidora” destas lembranças. Já a minha geração tristemente , me decepcionou.

Só como exemplo: Escrevi sobre o Colégio Walter, compartilhei até no facebook, e nenhum entusiasmado ou amigo daquela minha época se manifestou.

Altino e eu não escrevemos para receber elogios ou “confetes”. Escrevemos como forma de tentar resgatar e eternizar aquele lugar maravilhoso. Escrevemos movidos pela saudade e pelo desejo de reconstruir um tempo tão esquecido pela modernidade.

Infelizmente não há participação. Muitas pessoas podiam colaborar, fornecer fotos, relatar fato  e desta forma contribuir para manter a memória e a história.

Tenho tentado fazer a minha parte e com alegria escrevo quando me recordo de algumas experiências.

Tenho certeza de que o assunto não  se esgotou como é sua preocupação. Creio que ainda existam milhares de acontecimentos escondidos e guardados  no coração de muitos  emanescentes daquela época.

Difícil é fazê-los se manifestar.

Se conhecer alguém Nilson, tente e nos ajude nesta árdua tarefa de manter
vivo o Bairro da Fábrica.

Quem sabe você consegue!!! Aí o assunto será interminável com certeza.

Ainda tenho esperanças.

Abraços .

Fatima

--------------------------------------------------------------

Caramba, negada...

Nada mais se falou sobre a Fábrica, nenhuma foto, artigo, crônica,
....esgotou-se o assunto?

NdaC

(Pô...)

--------------------------------------------------------------

Fátima, só para apimentar: o Jacaré fez belíssimas entrevistas na antiga rádio 96,5 fm. até agora não vi nenhuma publicada....só da família dele tem muita coisa, os irmãos Olimpio e suas Harley Davidson marcaram época, tinha um tio dele conhecido como Cambuquira (Antonio Olimpio) que diziam ser um exímio artesão, além de gostar duma pinguinha no final da tarde, sempre na companhia do Calónico, este era famoso por mastigar qualquer tipo de pimenta, e o Maquináia ?-nunca conheci outra figura igual. . kkkkkk  pau na cabeça do Jacaré...kkkkkkkk. Outra coisa, o Nilson da Curva, ou simplesmente o curva de  rio, contou meia verdade nos emails que andou distribuindo, disse a insigne figura que me encontrou trôpego andando na calçada da praia  em Peruibe, faltou contar que só reconheci o velhinho querido depois dele dizer quem era, imaginem o estado do sexagenário, meu consolo diante de tão implacáveis palavras, é que ele chega nos setenta antes que eu, quer dizer, a esperança é chegar, afinal o Jacaré depois de uma vida devassa chegou, e viva o Jacaré setentão cheio de stents, molas, emendas, etc. no coração.                                                 Edson Navarro.

--------------------------------------------------------------