Versão para impressão

08/11/1985
Ed. 237 - Valbuza se defende... e ataca

Com respeito à matéria veiculada no semanário “Folha Regional”, de nº 475 sob o título “Valbuza não disse a verdade”, vejo-me na obrigação de vir a público para prestar os esclarecimentos que se fazem necessários, pois esse jornal que é sustentado religiosamente pelos cofres da municipalidade levando em média CINCO MILHÕE DE CRUZEIROS por mês para a publicação de propaganda da administração e de mentiras como essa, pretendendo denegrir a imagem do Poder Legislativo Caieirense.

Sobre o assunto, colocamos as ponderações que se seguem:

1) A Matéria publicada no jornal “A Semana”, além de não ser matéria paga, refletiu o ponto de vista do munícipe Milton Valbuza e não do Presidente da Câmara, pois não é preciso ser vereador, basta comparecer nas sessões da Câmara para constatar a situação difícil mencionada, porque aqueles vereadores que colocaram seus parentes na Prefeitura na atual administração, que voltamos a repetir, são os Vereadores Assis Crema, Daniel Donha Fernandes, Edson Martins, João Henrique de Macedo Mendes, Pedro Sergio Graf Nunes e Vanda Matiazzo.

Esses vereadores realmente ficam em situação difícil porque caso façam qualquer pronunciamento contra a administração ou votem contra qualquer projeto do senhor Prefeito Nelson Fiore, no dia seguinte seus parentes seriam demitidos da Prefeitura.

Quanto aos parentes do vereador Milton Valbuza que trabalham na Prefeitura, três deles já eram funcionários quando o senhor Nelson Fiore tomou posse em 1983 e o quarto parente foi próprio prefeito, sem qualquer solicitação de minha parte.

Voltando à situação difícil dos vereadores anteriormente citados, poderá ser constatado pelas atas das sessões da Câmara que votei contra os projetos do senhor prefeito e fiz vários pronunciamentos criticando a sua administração e a sua assessoria milionária, que leva dos cofres da prefeitura mais de 50 milhões por mês, mas aqueles vereadores só dizem “amém” às exigências do seu amo e senhor, chegando ao cúmulo de alguns deles precisarem ser levantados pelos braços ou receberem um sinal da Líder do senhor prefeito, vereadora Vanda Matiazzo, na hora das votações. Porque, caso contrário, se não disserem “amém” seus parentes seriam despedidos da Prefeitura no dia seguinte ou os fiscais iriam autuar determinada fábrica de um vereador, que funciona irregularmente e que somente ainda não foi visitada pelo serviço de fiscalização por que um dos proprietários é vereador e pertencente ao “grupo dos améns” ou “grupo dos sim, senhor”.

2) A insensatez do mandatário da publicação inserida naquele jornal foi tão grande que o imbecil que a escreveu chega ao cúmulo de afirmar “a nobre Casa de Leis (Câmara Municipal de Caieiras) não possui idoneidade alguma”, tentando estabelecer relação entre os asseclas e capangas que o senhor Prefeito mantém em sua equipe com a digna administração que foi implantada na Câmara a partir do dia 1º de fevereiro de 1985.

3) Quanto à afirmação do senhor prefeito inserida nessa mesma publicação, de que “foram encostados funcionários da Câmara, que há muito exerciam, e bem, suas funções”, tenho a dizer que “CADA PRESIDENTE TEM OS FUNCIONÁRIOS QUE MERECE” e aqui cabe uma ressalva:

“Quem tem rabo de palha não deve pular fogueira”.

Como é que o senhor Prefeito tem coragem de dizer que há “um verdadeiro cabide de empregos” na Câmara se ele próprio admitiu na prefeitura quase “TREZENTOS” funcionários, entre eles muitos correligionários, cabos eleitorais, capangas, asseclas, sem contar com os colegas de balcão e os parentes dos vereadores do “grupo amém”.

Após a exposição desses fatos, tenho a dizer, para finalizar, que sou o Presidente da Câmara, DE DIREITO E DE FATO e não PREFEITO DE DIREITO, que recebe ordens de uma assessoria milionária e incompetente.

E digo mais, lanço um desafio para um debate em público com o senhor Prefeito Nelson Fiore para derimir quaisquer dúvidas quanto à idoneidade da Câmara de Caieiras e quanto à idoneidade da administração Nelson Fiore, ficando a seu critério a data e o horário para o comparecimento do público.


Jornal A Semana