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09/09/2008
Comunicado sobre Byetta e Pancreatite

Diferentemente do que foi divulgado pela agência de notícias EFE, Washington, e reproduzido por diversos sites brasileiros, a FDA (Food and Drug Admistration) recomenda que o tratamento com Byetta seja interrompido somente naqueles pacientes com suspeita de pancreatite aguda. Essa informação consta no site do próprio órgão americano regulador de alimentos e medicamentos.

(www.fda.gov/cder/drug/infopage/exenatide/default.htm).

A FDA divulgou, ontem, comunicado relativo a casos de pancreatite em pacientes com diabetes tipo 2 em tratamento com o Byetta. A Amylin e a Lilly - responsáveis pelo desenvolvimento e comercialização do medicamento - estão cientes desses relatos.

Pancreatite aguda é uma inflamação do pâncreas, caracterizada por intensa dor abdominal, frequentemente irradiada para as costas, acompanhada habitualmente por náuseas e vômitos. Pode ser causada por infecções virais, presença de cálculos nas vias biliares, mas muitas vezes a causa não pode ser identificada. O tratamento, na maior parte das vezes se resume a alívio da dor, das náuseas e administração de líquidos por via venosa.

Casos de pancreatite na população em geral são considerados raros. A incidência real não é bem conhecida. Entre 15 a 20% dos casos desenvolvem alguma complicação. Pacientes com diabetes tipo 2, assim como obesos, têm maior risco de desenvolver pancreatite do que a população em geral. Em pacientes medicados com Byetta, foram observados casos de pancreatite. A proporção de casos e a gravidade destes, entre usuários de Byetta, não foi maior do que da população diabética em tratamento com insulina ou medicações orais, não havendo assim relação de causalidade comprovada.

A Amylin e a Lilly estão comprometidas com a segurança do paciente e a trabalhar em sintonia com a FDA e, localmente, com a ANVISA para assegurar que a bula do medicamento Byetta continue a fornecer informações sobre o risco de pancreatite a médicos e pacientes. Em conformidade com os seus rigorosos processos internos, monitoram e notificam regularmente as autoridades sobre eventos adversos relatados durante o uso de quaisquer de seus medicamentos.

Sobre o Byetta

Com múltiplos efeitos, Byetta é o primeiro medicamento inteligente para o tratamento do diabetes porque só funciona quando a pessoa se alimenta e o açúcar no sangue está elevado.

Lançado nos Estados Unidos em junho de 2005, a droga começou a ser comercializada no Brasil há menos de cinco meses. Seu princípio ativo é a exenatida, composto sintético de uma substância derivada da saliva do lagarto Monstro de Gila, sendo indicada para o tratamento do diabetes tipo 2.

19 ago. 2008 ELI LILLY DO BRASIL

Diabetnet.com.br (Sindifarma JP)