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13/09/2012
O voto nulo ou branco

Hoje o cidadão é candidato amanhã  não é mais, mais uma semana e volta a ser. Tudo isso por conta das decisões  da justiça eleitoral, a lei permite os recursos em profusão,  quando não, o que é mais ou menos difícil, o frustado candidato se despede e coloca outro no lugar, não é a mesma coisa. Dificilmente  se transfere carisma, o "herdeiro" sempre tem alta taxa de rejeição entre os eleitores, estes, sentem-se traídos pelo seu candidato. Outra forma de expressar esse sentimento de traição, é quando o candidato cerca-se de gente pouco confiável ou com passado duvidoso, o troco é líquido e certo e vem nas urnas. Nos últimos dias a campanha do voto nulo, ou como é chamado: "0000 confirma" está se avolumando nas redes sociais, embora seja um legítimo direito constitucional, está longe de ser a solução.

O voto nulo ou branco não é contado na apuração do resultado, o protesto pode acabar virando o feitiço contra o feiticeiro, explicando, corre-se o risco de eleger os piores candidatos, com ínfima votação e sem nenhuma representação popular, já não chega colocar  vigaristas e outros picaretas no legislativo?. Melhor analisar bem o candidato, seu passado e seu projeto para exercer um mandato, mas o essencial é acompanhar seu trabalho todo o tempo, é comum o eleitor displicente esquecer em quem votou no dia seguinte a eleição, isso não é eleitor e não merece ser chamado de cidadão, faz da urna um pinico e deposita lá o conteúdo do seu cérebro. 

Votar não é obrigatório, nunca foi, obrigatório é comparecer às urnas, desde que o eleitor esteja habilitado na forma da Constituição Federal.


Edson Navarro