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29/11/2014
Caixa preta? Não, Caixa Podre isso sim!

A Revista Veja noticiou que a Petrobras usou e abusou da dispensa de licitações na última década, a justificativa para validar o absurdo foi um decreto do ex-presidente F.H.C. , facilitando os procedimentos legais previstos na Lei 8666- (Normas de licitação pública) que deve ser seguida a risca.

A partir de 2006 quase um milhão de contratos foram elaborados com base no decreto, dispensando contratos  bilionários de maiores exigências legais, um verdadeiro buraco negro. Não é só os ministros do STF que ficaram pasmos com a dimensão do descalabro administrativo, um deles chegou a dizer que diante do Petrolão o Mensalão é ação para ser processada no Juizado de Pequenas Causas, ou seja, disse que os mensaleiros perto dos petroleiros são batedores de carteira.

A cada passo da Operação Lava Jato todos os brasileiros decentes ficam espantados, a corrupção e os desmandos não tem fim, a expectativa geral é esperar a próxima notícia com mais ladravazes aparecendo.

Um fato curioso para não dizer irônico, é que as empresas envolvidas no maior escândalo de roubalheira,  desde a quebra do Banco do Brasil na época colonial, continuam financiando campanha política como se nada tivesse acontecido. Bilhões de reais em negócios obscuros foram surrupiados do  povo brasileiro,  e a maior ironia,  por componentes ou indicados pelo tal partido dos “ trabaiadores” , que acha que trabalhador é só peão, o resto é capitalista explorador, conceito Marxista de quem nunca leu Marx, ouviu o galo cantar sem saber onde e vomita  bobagem atrás de bobagem.

Afinal, até a Presidente Dilma chegou a conclusão que distribuir o que não tem não dá certo, vai ver lembrou do primeiro ano da Faculdade de Economia, lá aprende-se uma frase histórica dentro da refinada teoria econômica pregada por Harvard entre outras, “ Se sair mais do que entra “nóis” quebra.”  Antes tarde do que nunca Presidente,  a decisão de corrigir os rumos foi corajosa, continue e a história quando julgá-la saberá fazer justiça.


edson navarro - economista