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22/01/2015
PIB flat ? “ qui isso vovô”

PIB flat ?  “ qui isso vovô” ( meu netinho Gabriel)


O novo velho ministro da fazenda quer entrar para a história, acabou de inventar o PIB flat. Flat? - seria PIB plano ? ou PIB horizontal ? . A décadas os economistas inventaram a expressão “estagflação” para tentar explicar a recessão com inflação, claro que não conseguiram,  vem agora o ministro e tasca  uma inovação  para  o numeral zero, “flat” ou seja, “flat é zero.

Portanto a partir de Davos uma nova denominação foi inventada para justificar a incompetência,  a ladroagem, o estelionato eleitoral   e demais mazelas da administração pública, PIB FLAT. Como será que os simples mortais vão entender essa nova sigla, provavelmente não vão entender, vão sentir na pele.

A tradução para PIB flat é o desemprego,  reajuste violento nos preços, aumento de falências e outros sofrimentos necessários para pagar a conta da herança maldita. O ex-ministro Mantega esqueceu-se de uma regra  elementar, que se aprende nos bancos das faculdades de economia, qualquer primeiro anista sabe :  “se sair mais do  que entra “nóis “quebra”   e quebraram o País com subvenções sociais deturpadas, represamento de preços, impunidade, sempre  buscando manter o poder a qualquer custo, deu nisso.

As corporações defendendo interesses próprios  multiplicaram-se  a números absurdos em todos os poderes da República, a Petrobras é apenas a ponta do iceberg, mensaleiros viraram simples batedores de carteira, muito mais virá e quiça sirva para separar o joio do trigo.

Indiscutivelmente houve uma melhoria nas condições do povo mas baseada em falsas premissas, gastar quando o mundo economizava, distribuir benesses financeiros mantendo a maior taxa de juros do mundo, quando a maioria dos países baixava a quase zero, bancos nadaram de braçadas nessa economia fantasiosa.

O Professor Guido Mantega é um economista respeitado e sai dessa aventura com sua reputação chamuscada,  a pergunta que fica no ar é o porque do velho mestre ter se sujeitado a fazer o jogo partidário suicida, só o tempo dirá. Teve várias oportunidades de corrigir o rumo e não o fez, porque?.  As contradições dos detentores do poder são evidentes, vendo o barco afundar entregaram o comando da nave a um ex-banqueiro, que imediatamente anunciou sua intenção em implantar  medidas ortodoxas  para colocar a economia nos trilhos, foi o reconhecimento de que estava tudo errado? será que os bancos vão deixar de remunerar a 12% a.a. e emprestar a 200 % a.a. ?.

Como  corrigir a lambança sem protestos ? - 16 milhões de brasileiros conforme dados do IBGE estão em idade produtiva e desempregados, o detalhe é que não procuram emprego, para que ? se plantar dá, se  não plantar o governo dá, via bolsas,  auxílios, etc. Esse foi o efeito colateral de programas sociais direcionados para o mercado de votos. O ex-ministro Dirceu atual cadeieiro, teria dito que seu partido iniciava uma eleição com  25 milhões de votos  (bolsas e auxílios sociais).

A complexa economia brasileira, única no planeta, que deixa atônito qualquer Nobel de economia, tem que sofrer correções e ajustes mas nem tudo está errado, subir impostos para tapar buraco sem fundo é idiotice, cortar verbas orçamentárias indiscriminadamente é outra estupidez, a reforma que deve ser feita é estrutural, tributária, fiscal, trabalhista, judiciária, etc.  ou seja,  o ministro seja qual for ele vai continuar apagando focos de incêndio , mexer na ferida ninguém se atreve, acabar com a gastança inútil e improdutiva menos ainda.

A república sindicalista bolivariana do Brasil está como a àgua em São Paulo, acabando , por pura incompetência de seus gestores .


Finalizando e recordando Roberto Campos, economista, ministro,  que  fez um diagnóstico preciso da árvore genealógica da esquerda brasileira  ao afirmar que: "Trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola".E prossegue: "Somente isso pode explicar a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais de esquerda, que admiram o socialismo, mas adoram também três coisas que só o capitalismo sabe dar: Bons cachês em moeda forte, ausência de censura e consumismo burguês".

 


Edson Navarro - economista fora de moda