Versão para impressão

08/03/2015
E os teus Mateus?

O ministro banqueiro daquela senhora está conseguindo unir gregos e troianos contra ele, de um lado os trabalhadores em geral,  com a perda de “ direitos adquiridos” de outro  o  empresariado que também repete o refrão, exceto os bancos.

Tentar tapar o buraco sem fundo dos gastos públicos  com aumento de impostos é alucinação, marca registrada de governos desprovidos de inteligencia. Mas tem ficado uma pergunta no ar, quando é que os “abusos adquiridos “da administração pública entrarão na pauta?.

Observem  bem quem está apoiando  sem reservas as medidas econômicas, são os mesmos de sempre, os detentores do capital especulativo. Dilminha (está com corpito de 20 anos) aparenta não ter direção definida, entregou-se de corpo e alma ao capitalismo selvagem.

Certamente não foi a desoneração da folha de salários para as empresas que provocou a derrocada, foi a burrice em distribuir o dinheiro alheio. Já no governo do Luis a maior parte dos economistas dizia que a aventura teria uma conta muito alta para pagar, óbvio que os comentaristas da TV apoiavam o novo milagre brasileiro,  “ a turma econopetistas” surfava nas altas ondas da fantasia , da abundância dolariana. Os fundamentos da nossa economia são sólidos batiam no peito. Em todas as economias do mundo só tem uma supostamente  sólida, é a norte americana e por um simples motivo : enquanto eles tiverem as máquinas para imprimir dolar, serão imbatíveis.

Lá atrás quando  o governo do novo  pai do povo (procura-se uma mãe) pagava juros  que faziam o G.Soros morder a orelha de rir (dizem as más línguas que ele tinha espasmos ejaculativos cada vez que ouvia  a palavra” Brazil “ tal qual como Hitler em seus discursos), os economistas (olha essa gente aí de novo) ficavam perplexos porque no mundo a taxa  remuneratória era próxima de zero.

O ministro banqueiro está usando a máxima da Thatcher que deve ter lido os sábios ensinamentos do Tiririca, “quem paga a conta dos abestados é você cidadão”. 

E viva a taxa da Selic de 12,75% a.a. Enquanto os bancos cobram 200 – 300% a.a.  O investimento produtivo vai zerando, o especulativo aumentando, a inflação galopando e a estagflação chegando.E fazer a lição de casa ninguém falando.


Edson Navarro - economista, do tempo que economista não era apresentador de TV e o Delfim dava aula