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24/09/2015
Dólar x Real o ataque especulativo

Mais imbróglio na economia. Claro está que o País sofre um ataque especulativo em sua moeda, com o dólar passando a  casa dos R$ 4,00  sem previsão de parar tão cedo,  gera tumulto no mercado financeiro e na economia.

O Banco Central com  intervenções pontuais não consegue segurar a desvalorização do real, quanto mais atender a demanda especulativa mais os especuladores querem, é fazer o jogo deles.

Quando chega  em R$ 4,00 por  U$ 1  acha-se  que é um absurdo, não é bem assim, a comparação retroativa quando aconteceu a mesma coisa anos atrás, não vale. Computando a inflação nesse período o dólar deveria estar  aproximadamente R$ 5,20  (sem considerar  a inflação do próprio dólar).

O represamento artificial desaguou agora e o que fazer ? se parar o bicho come e se correr o bicho pega.  Inúmeros fatores atuam no câmbio como balança de pagamentos, reservas, dívida interna, dívida externa, PIB as famosas notas de agências que dão aval aos investidores,estabilidade política,  etc. O câmbio é o eterno pesadelo dos economistas.

O problema é que estamos numa sinuca de bico com o câmbio, se o dólar continuar subindo inviabiliza com custos insuportáveis uma boa parte da economia . As empresas que tem dívidas em dólar  terão sérios problemas de sobrevivência. Por outro lado as exportações  em um primeiro momento aumentam e volta a competitividade de vários produtos, frente aos importados.Difícil é montar essa equação.

Se o Brasil perder o grau de investimento em mais uma agência, por conta das trapalhadas, roubalheira e má gestão da administração pública, praticamente todos os fundos estrangeiros serão obrigados  a sair, grandes compradores de papéis do Tesouro Nacional terão que atender seus estatutos e bater em retirada, bilhões de dólares voltarão para casa.

Uma das alternativas criada a décadas atrás, foi o sistema de mini desvalorizações, diariamente  a moeda da época  tinha seu valor corrigido perante o dólar, deu certo por determinado tempo evitando a ação especulativa, entretanto, não dá para ver luz no fim do tunel nem o fim do poço.

 


 


Edson Navarro - economista