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25/11/2015
O trágico final de 2015 e a tragédia anunciada de 2016

O ano de 2015 entra na reta final sem nenhum motivo para celebrar. A tragédia de Mariana em Minas Gerais, visualizada pelo rastro de lama do rompimento da barragem de rejeitos da Mineradora Samarco em desolação ao longo de 650 km – até a foz no oceano -, é um quadro pictórico mais significativo desse encerramento melancólico: pessoas mortas, rio morto.

Por coincidência, o Governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, nada no mar de lama da corrupção. Ele é considerado chefe de uma facção criminosa do Partido dos Trabalhadores em investigação da Polícia Federal. As operações Acrônimo e Lava Jato desvendaram o modus operandi em todos os escândalos protagonizados pelo partido no governo. Ele começa pelo aparelhamento do Estado para alavancar negócios com empresas privadas. Ambas apontam claramente que o BNDES e a Petrobras respectivamente se transformaram nas fontes preferidas na busca de lucro fácil a partir do desvio de dinheiro público  seja para campanhas eleitorais, seja para melhorar sua condição econômica a partir da atividade política.

DILMA COM O CUNHA NA MÃO.

Em operação bucha de canhão, o PT mantém Dilma Rousseff goela a baixo dos brasileiros. Há um troca-troca de sabugo sujo entre o Lula, Dilma, Cunha, Renan e quarenta congressistas ladrões para empurrar a crise para o ano que vem e esfriar os ânimos dos que lutam pelo impeachment e pelo combate à corrupção. Todos da “lista do Janot”, aqueles que são investigados pela operação Lava Jato, fazem o acordo “põe na minha que eu ponho na sua retaguarda”, para driblar os processos de cassação. Assim, a perspectiva para 2016 é também a continuidade da jogatina política e os apertos de mão por debaixo dos panos. E o país que se exploda!

DESEMPREGO, INFLAÇÃO, JUROS, ROMBO FISCAL E O PICO DA CRISE

Para ganhar as eleições em 2014, Dilma baixou a conta de luz, congelou o preço da gasolina, liberou geral no FIES e programas populistas, para, depois de eleita, estourar a burra nacional, a provocar um desastre no país comparável à catástrofe de Mariana. Hoje, o rombo nas contas públicas rodam os 220 bilhões; a inflação já passou dos 11%; a contração do PIB (Produto Interno Bruto) já está em -3,25%; a dívida da Petrobrás já ultrapassou 520 bilhões; e não há um peão que segure o estouro da boiada. Por movimento inercial, o pior da crise econômica se instalará no primeiro trimestre de 2016. A boa notícia é que a realidade econômica e a dor no bolso se imporão frente aos oportunistas, ou seja, ou sai ou desce!


Hermano Leitão