Versão para impressão

11/11/2016
A curiosidade quase mata a gata

A CURIOSIDADE QUASE MATOU A GATA
Minha cliente Regina fez uma dieta muito rigorosa e conseguiu eliminar em torno de 20 k.
Perder peso é uma grande vitória, mas como tudo nessa vida, têm os dois lados: neste caso, a flacidez muscular e a cutânea.
Meu trabalho como esteticista envolve principalmente a flacidez cutânea, já que a muscular precisa de exercícios em academia de musculação.
Não é um trabalho difícil, mas demanda tempo. Começando com muitas sessões de massagens com cremes específicos para a flacidez, e posteriormente o uso de parelhos coadjuvantes no tratamento.
Quando vi Regina pela primeira vez, me assustei com o tanto que ela tinha ficado flácida, e confesso que ela foi um desafio para mim.
Foi então que depois de algum tempo de tratamento, passei para a segunda fase: os aparelhos....
Como de costume, expliquei a ela que começaríamos com uma corrente elétrica fraca, para que ela aos poucos se acostumasse ao novo processo.
Liguei a música e pedi que relaxasse enquanto ela estava ali.
Precisei dar uma rápida saída da sala, então pedi licença e fui para o cômodo ao lado.
Minutos depois, escutei um grito vindo da minha cabine de estética, instantaneamente saí correndo para lá....
Quando abri a porta deparei com minha cliente tendo uma espécie de convulsão e gritando: - Eu mexi! Eu mexi!
Ela pulava na maca feito um fio de alta tensão. Minha primeira reação foi desligar o aparelho, para acudi-la depois. Pois para mim ela esta tendo um espasmo convulsivo.
Na hora que desliguei, ela parou de tremer.... Precisei tomar fôlego! Estava muito assustada, imaginando o que poderia ter acontecido com ela.
Foi então que ela desatou a rir histericamente me deixando de novo em estado de atenção, aquilo era no mínimo estranho.
Quando finalmente ela se acalmou, me confessou: - Selma, como você disse que ia começar com a corrente fraquinha, assim que você saiu da sala, eu resolvi aumentar a potência do aparelho, e virei o botão...
Ela colocou a voltagem do aparelho no máximo!  E tomou uma avalanche de trancos...
Passado o susto dessa experiência eu aprendi que nunca mais deveria deixar uma cliente sozinha na sala, principalmente as curiosas...