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15/06/2006
Pleito eleitoral

As convenções partidárias se realizam nesse mês de junho para a corrida ao Palácio do Planalto, governos Estaduais, Câmara dos Deputados e Senado Federal. Ainda é cedo para sentir o tom e a repercussão no eleitorado dos preferidos populares, mas é certo que no meio político municipal agitam-se as pretensões para as eleições posteriores de Prefeito e vereadores, sobretudo em municípios em que não há possibilidade de reeleição do prefeito.

Sucessão em Caieiras

Caieiras é um exemplo dessa agitação. Fora do próximo páreo para o posto de Alcaide, Névio abre espaço para a nova geração de líderes e para pretensão de seus antigos preteridos. De um lado, Dr. Cleber, Dr.
Roberto Hamamoto, Dr. Milton Valbuza e Gersinho são os virtuais postulantes de primeira viagem a sentar na cadeira de Prefeito. Do outro lado, Dr. Calé, Dona Doca e Nelson Fiore são os veteranos na avaliação das urnas caieirenses.

A noiva do poder

Difícil predizer quem realmente será indicado por seus respectivos partidos às eleições de 2008 ou quem será o pretendente do atual Prefeito. Doca e Hamamoto seriam os candidatos “naturais”, em virtude de serem do mesmo partido do Burgo Mestre. No entanto, traição e inconveniência são temperos políticos constantes em arranjos eleitorais partidários. Fora de cogitação de apoio “chapa branca” estaria apenas Fiore. Como Doca já está velhinha, Hamamoto se afigura como o noivo galante, mas deve abrir o olho, porque casamento eleitoral sujeita-se a paixões fora do casamento oficial.

A disputa do buquet

Calé, Cléber, Milton Valbuza e Gersinho ficariam no gargarejo para pegar o buquet a ser rifado numa aventura extra-conjugal. Nesse jogo de empurra e pressão, Calé e Milton Valbuza poderiam sair “a francesa” e reviver a parceria dos tempos de faculdade, que lhes renderam os melhores frutos políticos e financeiros até agora. O Dr. Cléber faria melhor trilhar um solo celibatário ou aceitar uma união com Gersinho, que tem dotes para se mostrar como atraente potência no meio do povo. Em resumo, não se deve confiar nesse sorteio, tampouco aceitar em demasia os drinks do noivo curtido nessa festa de sedução.

Pirulitos a vista

Caso os pretendentes não aceitem o concubinato eleitoral, entrarão na parada da diversidade de candidatos, o que pode ser favorável ao único rejeitado por Névio Dártora. Mas só pirulito é insuficiente para satisfazer a vontade de quem deve ser conquistado - o eleitor. Nelson Fiore teria de aproveitar essa hipotética divisão para penetrar de forma mais agressiva no eleitorado, porque por a mão no bolso e catar pirulito para a garotada não adianta mais. É preciso buscar uma aliança mais brilhante, se quiser receber o sim de seus eleitores.

Espera no altar

Dizem que casamento é igual a avenida Paulista: começa no Paraíso e termina na Consolação. O noivado é diferente. Há muitas expectativas e desejos incontidos até a espera no altar. A eleição é uma mistura desses dois compromissos: todos querem uma boa aliança, a fidelidade do noivo e a festa da celebração. Só não podem esquecer que a voz do povo é a voz de Deus, afinal se trata de uma relação de grupos em que os ativos são os eleitores.


Hermano Leitão / JAS