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23/03/2020
Diário caótico sobre o coronavírus

“Somos um mundo em ansiedade crítica .

E isto é o que pode de verdade acabar com a vida. Não esta vida de matéria, carne e osso, mas a vida que habita a nossa existência como seres pensantes, emocionais, psicológicos, nossa existência como pais, mães, amigos, colegas, vizinhos, desconhecidos.

O que nos torna únicos e singulares.

A pandemia social que circula entre latitude e longitude do globo terrestre é a que não terá cura se não sairmos deste pacto com o assombroso, o egoísmo que corre de braços abertos à selvageria.

E sim, é pânico o nome disto.

Pânico flotando, saltitante e devastador, facilmente encontrado nos olhos dos que vagam pelas ruas.” DCR

Eu não sei ao certo onde chegarei com este texto e o quão positivo ele pode ser para vocês.

Neste momento de pausa que o mundo vivencia, acredito que o que menos importância tem é o suposto vilao com título de rei (ou rainha?).

Claro que estou neurótica (como a maioria) aqui na terra do tio Sam, limpando até pensamentos e querendo flambar a tudo e todos.

Acompanho os meios de comunicação daí e enquanto aqui já tocava toque de recolher, no Brasil muita gente nem ponderava o assunto.

Não se trata de sugerir desinformação ou algo do gênero, as notícias e as medidas foram sendo adotadas de acordo com o avanço da doença.

O Brasil inicia o desacelerar agora, e estes primeiros dias são assustadores, caóticos e de grande instabilidade principalmente emocional.

Por aqui tudo segue, inclusive aumento de casos da doença. Mas a sociedade já começou a buscar manobras para suportar esta crise da saúde.

Quero compartilhar como foi para mim e família estes primeiros dias de pavor e como tentamos seguir equilibrados.

Há uns 20 (vinte) dias meus filhos chegaram da escola com toda cartilha para evitar o “reizinho” do momento.

Percebi que entendiam a seriedade do assunto mas sem o peso que nós adultos geralmente colocamos. Helena estava preocupada mas falava com naturalidade, fazendo brincadeiras, para meu desespero, porque ouvir o nome de algo deste tipo já é razão para lacrar as portas de casa, imaginem ela fazendo piada do assunto!

Hector me disse que não estava preocupado porque faria o necessário mas sem dramas, e eu sai sem graça de fininho com a maturidade “desta tapa no meu chilique”.

Tapa é uma maneira amorosa que usamos em casa para dizer um bofetão.

11 de Março, quarta feira, a escola conversou com eles sobre uma eventual conveniência em permanecerem em casa um período e diminuirem as férias de verão.

12 de Março, quinta feira 18:00 horas, assistíamos ao campeonato de futebol da escola de meus filhos.

O gramado cor verde bandeira rodeado de familiares, jovens purpurinados, desencanados, fazia sintonia fina com o sol de primavera chegando, enquanto jovens adolescentes corriam timidamente procurando sincronizar a vontade de vencer com o resto do corpo ainda desajeitado, típico desta fase tão dualista da natureza humana.

Como bons brasileiros que somos, o futebol faz pacto com a memória para esquecermos temporariamente os percalços reluzentes em tons de canetas fluorescentes acenando os cartões vermelhos das contas, os verdes do cansaço, e neste caso, o amarelo que gesticulava o porvir (e não queriamos cogitar).

Estava tudo tão lindo que não podia ser real uma iminente catástrofe de qualquer origem.

Em menos de um minuto, a notícia já perambulava pela torcida: Houston Independent School District HISD extendeu o “Spring Break” até dia 30 de Março.

Medida de precaução.

O Spring Break é uma semana de férias no mês de março, que serve para aquela respirada profunda para conseguir terminar o ano escolar que aqui encerra no fim de maio.

Com toda lerdeza típica de quem pretende dormir até tarde no dia seguinte, resolvemos comprar água (óbvio que não uso água de garrafinha, e sim galões reutilizáveis).

E aqui é o momento que meu cérebro começou a colapsar.

“Daniele, vá ver se tem galões de água dentro do supermercado enquanto eu espero aqui fora com o carrinho”.

Entrei no bonitinho Kroeger e senti uma deslocação apreensiva pelo ar, principalmente em alguns corredores de mercadorias.

“Denis, não tem nem tampinha de garrafinha de água, aliás de líquido não sobrou nem desinfetante contra rato!”.

Meus olhos já estavam esbugalhados e estáticos pressentindo um iminente apocalipse.

Para minha grande sorte havia uma máquina de vender água bem ali. Tipo auto atendimento .

Por que eu nunca usei este sistema de “auto-serviço”?

Não sei também. Mas a sensação de reciclar o galão sempre dá um cheiro de ecologicamente correto e me assusta muito pensar em ser invadida por ilhas de plástico.

Observei as pessoas e suas compras para buscar uma resposta para aquele blá-blá-blá.

Mesmo com este ensaio de frenesi, não havia padrão de comportamento dos consumidores: alguns saiam com meia dúzia de itens, outros com mais.

E embora o burburinho existisse, parecia mesmo compra de quinzena do mês de gente apressada.

O que chamou um pouco minha atenção foi a quantidade de papel higiênico que algumas pessoas tinham em suas carriolas.

Nada também que não pudesse ser explicado: caganeira coletiva, limpeza pesada etc

13 de Março, sexta-feira, saímos de casa meio-dia para o abastecimento do mês no “bat -local” de sempre.

Poucas quadras antes do supermercado, abri meu celular e constatei que a loucura não foi bem distribuída entre os continentes da Terra.

Uma foto de outro estabelecimento da mesma cadeia do “bat local”: fila de gente e carrinhos.

Oi? Tipo que? Não acreditei mesmo!

Não tardou nem um milésimo de segundos para um carro de polícia entrar no estacionamento que nós entrávamos também.

“As pessoas não estão correndo, ainda há carrinhos por aqui, deve ser um alarme de um bairro frenético no quadrante do hospício municipal!”

Por precaução, acelerei o passo, pensei no frango que acabou e na minha filha reclamando que não comeria carne vermelha.

Bingo! As “primas” desapareceram assim como vários outros produtos.

Zero! Juro que eu fiquei com vontade de arrancar a galinha do carrinho do outro participante do torneio de demência.

Meu marido em ritmo de férias vem com uma bandejinha de carne e faz a cara de: “nada”.

Este “bat- mercado” tem uma anuidade a ser paga, o que restringe bastante o número de pessoas comparado a outros.

Não é nada elitista. Vende para fornecedores, tipo “ Varejão”.

Mas pasma mesmo fiquei ao chegar na sessão de produtos de limpeza e higiene “bundal”. O povo estava rosnando por sabão de roupa.

Produtos para limpar superfície? Nadica de nada.

Não vou nem tecer grandes comentários sobre o desaparecimento de qualquer tipo de celulose industrializada para asseio.

Descobri então que o fim do mundo seria mais revolucionário que as séries de ficção produzidas a rodo pelos prodígios discípulos de Nostradamus: todos veganos guardando matéria prima para enrolar alfaces e fazer tortilhas de guardanapos, toalhas de papel, lenços umedecidos.

Até fiquei um pouco aliviada porque para mim que ainda como algum tipo de carne, o reabastecimento de comida de gente (outros seres vivos que respiram) seria mais rápido do que destes outros itens de consumo.

Claro que entendi que a diarréia mental é a maior consumidora de papel higiênico.

Me arrependi de não ter seguido com meu plano de papel reciclável artesanal, que comecei uns anos atrás. Nesta altura poderia aproveitar meus dias de clausura para aprimorar uma técnica de reciclar papel sujo . O que talvez não conseguisse, não por falta de habilidade criativa mas porque aqui o povo joga papel dentro da privada e não em cestos bonitinhos ao lado da privada.

Aqui peço licença para uma pausa na narrativa para fazer uma observação singela.

A questão do papel higiênico me remota a indagação que faço toda vez que entro num mijatório / cagatório : o que é ecologicamente menos incorreto : papel na privada misturado com merda (física) ou grudado no cesto ? (Menos incorreto porque bom mesmo seria não carecer de expelir nada em forma de resto humano).

Sim , porque se jogamos na privada, em teoria aumentaria a dificuldade em “limpar a água”em caso de falta de água potável , certo ? Ah, em geral aqui não entopi a privada porque são “papéis comestíveis por privada” ( os limpa xixi e coco ).

Mas se jogamos no cesto este papel demorará quanto tempo para decompor na terra? Poderia pesquisar no Google, mas ultimamente está difícil porque entre uma mijadinha e outra não dá tempo de fazer um gráfico com todas as informações e opiniões a respeito, compostas em teses dignas de representação na Broodway.

Então, acredito que depende muito do tipo de cesto e do envoltório do papel esmerdeado (isto porque é fato notório que urina é até bebível e a merda supostamente serviria ( falando em termos caseiros e de fins imediatos) de adubo, o que só é complicado pelo odor que tornaria qualquer jardinzinho de meio quintal apestado, e na balança entre o estético e o natureba, o peso pende mais para um bonito jardim cheirando spray “vanila” com plantinhas de plástico.

E...se o cesto é de plástico, já define a comédia tragicômica do plástico como fonte de extermínio da Terra.

Mas se for de plástico e o porta dejetos urinários e fecais de saco reciclável, estaria mais ok, certo?

Se for saquinho de supermercado, esquece que certamente melhor beber água “lavada”com coliformes de todo tipo.

E se for de saquinho reciclável, talvez melhor?

O problema é que o saquinho reciclável, não adere com eficiência respingos de mijo, e então ou lavaríamos mais o cesto , o que gastaria mais água (o que me preocupa porque embora eu ame banho de cachoeira, a mais próxima daqui tenho que pegar o carro e gastar algum tipo de combustível, o que por sua vez alimenta mais a indústria de petróleo.

Sim, já existe carro “recarregável”, só que a produção de energia limpa ainda é insignificante o suficiente para abastecer um carro sem comprometer a utilização para outros apetrechos eletrônicos.

Neste estágio já estou sentada na privada em pânico porque a fila aumenta e não decidi ainda o que fazer com o papel sujo ( não esqueçam que estou pensando nisto com o pedacinho de papel na mão, em dúvida ainda sobre o “lugar D”).

Por outro lado, se for saquinho plástico, por favor optem por água com merda !

Acredito mais na capacidade do homem em tecnologia avançada de limpar água do que em recolher saquinhos voadores (porque pode que o saco esteja mal fechado e voe espalhando mais toxidade e um fim de mundo em forma de bolha plástica).

A propósito, Singapura já reciclam 100% de toda água consumida inclusive do esgoto!

Desculpem este tango de passos largos em meus textos mas desta maneira consigo tecer teias menos complexas disto tudo e o rei do momento, sem perder o fio da meada e meu equilíbrio mental.

O que significa que estou em conflito, bem símbolo do raciocínio atual do mundo....trazendo tudo para o presente, morrendo por antecipação, sem usar nem um raciocínio meio lógico de pensar).

Mas este discurso todo é porque o consumo de fibras de celulose alcança cifras impressionantes por aqui e entre come lá ou conter a diarréia intelectual, acho imprescindível formularmos pensamentos mais conscientes do destino final, ou meio do caminho deste material todo.

A esta altura, árvores já nem existem.

O que me consola porque o rei do momento seria menos perverso que a asfixia pela falta de produção de oxigênio ou pelas secas seguidas de incêndio.

Nem vou matutar sermos fritos pelo sol (camada de ozônio despedaçada ).

Olha, claro que eu sei que não são as árvores ou plantas (como preferir) os únicos responsáveis pelo oxigênio e blábláblábláblaS

Só que no meu texto o que vale são os aspectos grotescos do pensamento caótico e doentio da maior enfermidade do momento: a demência!

Cheguei no ponto desejado. Toda esta masturbação , para nada prazerosa, é desajeitada e patética agora.

Estamos enlouquecendo em conjecturas do amanhã, sem compreender o que acontece hoje e como precisamos agir.

E a noticia boa é que para quem não bebe detergente (incluo aqui todo tipo de material de limpeza) ou não vive de celulose ainda há esperança!

13 de Março, segue a saga: supermercado 3. Este foi devastador para mim e devastado pelos zumbis de plantão.

Ai caiu uma ficha no meu “orelhão pessoal”: estamos condenados!

Morreremos de fome, sede, trancados em casa.

Senti todas as tonturas, enjôos, e dores de cabeça catalogados por um dicionário médico entre os corredores daquele lugar.

Parei várias vezes sem a mínima noção de como dar o seguinte passo em direção a qualquer lado, uma sensação de impotência e vergonha.

Nem comida para cachorro havia.

Já estava optando até por alpiste, ou algas trituradas par peixes como fonte de energia.

Pensei que talvez tivesse sido melhor ter sido levada pelas tormentas do furacão em 2017 que passou por aqui logo que cheguei.

Já estava convicta que o fim do mundo sem comida seria a pior opção.

Interessante analisar como o ser humano atua em casos de desespero: os produtos que as pessoas abarrotavam pareciam descrever a ansiedade de carência daquilo que é importante para cada um.

Por exemplo, meu marido comprou energético, cerveja, vinho. Não entendi muito bem por que - ele não bebe bebida alcoólica há anos.

Mas eu nem ousei ser levemente indiscreta em perguntar para que, porque cada coisa que eu deslocava das prateleiras, um olhar de reprovação queimava um pouco mais minha desmiolada existência na sua concepção prática (!!!!!???).

Outro exemplo, minha filha fez um listinha com o que julgava ser importante para esta época e sua cachorrinha teria comida para uma década, incluindo brinquedos, snacks e até roupinhas.

Claro que não comprei nada além do que compraria e expliquei a ela que não podiamos ter mais do que o essencial.

Faz 1 mês que adotamos esta cachorrinha num abrigo, então fica claro por que para ela era importante protegê-la.

14 de Março, sábado à tarde eu não queria saber de mais nada.

Dane-se tudo!

Não sabia se estava entrando no calor histérico do americano ou se a inação era apenas meio para encontrar desculpas para achá-los histéricos e justificar uma preocupação que eu não queria ter.

Uma descrença completa em tudo era o único saber que apreciava.

Detalhe: doces tinham em quantidades abundantes nas prateleiras, o que reflete que a população local gostaria de um fim fitness, até porque a academia estava funcionando, ou seja, um último intento em chegar “sarado” no inferno.

Um stress familiar calado perambulava no ar, rezingávamos como feras acuadas.

Neste ínterim o Presidente (EUA) proibiu a entrada dos europeus nestas terras, e dei por conhecido o próximo passo de minha vida: “deportada” num avião da época da Varig, com latinos pendurados nos bagageiros de mãos, rumo a seus mundinhos, descartados pela sociedade do primeiro mundo como escárnio.

Sim, os latinos são um problema para o boneca de cera com cara de coringa branco em filme de terror.

Mas um “detalhe” me tirou do eixo por completo: o que acontecerá com aqueles que não podem comprar um enlatado a mais sem comprometer o orçamento (que não existe na maioria das vezes )?

Estes seriam os excluídos como a “peste”rapidamente, por inanição ou desgosto.

Uns enchendo suas casas com todo tipo de produtos e outros, não bastassem a miséria da vida, sequer teriam chance de ter um pouco mais na dispensa .

Que tipo de ser somos?

Assim choramingando retornei a minha casa, sentei-me sob a luz da lua e vi as Valquírias recrutando voluntários para os próximos dias.

Mas como a esperança sempre esteve na caixa de Pandora, alguem resgatou-a e sábado pela noite o departamento de escolas da cidade de Houston enviou mensagem telefônica avisando dias e horas de distribuição gratuita de alimentos nas escolas da cidade.

Na contra mão deste miserabilismo egoístico, manifestações salpicavam na manhã de domingo contra a prova inconteste da idiotice de acabar com estoques de supermercados em menos de 48 horas de estado de atenção “decretado”.

Grande vergonha alheia pela falta de senso crítico, coletivo, humano.

15 de Março, domingo, a notícia de um jogador de beisebol que doou $100.000, 00 dólares para ajudar os que sustentam a vida pela venda de produtos em estádios.

Algumas destilarias iniciaram processo para produção de álcool em gel.

As aulas estão suspensas até 15 de Abril.

Tendas “drive thru” foram instaladas em vários pontos da cidade.

As portas de todos locais de aglomeração fechados.

Restaurantes seguem funcionando por serviço “para levar”.

Supermercados racionam quantidade de unidade por pessoa.

Academias já pararam atividades.

O Governador do Texas anunciou que pequenas empresas no Texas podem solicitar empréstimos federais de emergência para ajudar a combater a pandemia.

Amazon, redes de supermercados estam contratando mais trabalhadores para atender serviços de entrega.

E assim, seguem as notícias que eu não tenho mais visto.

Estes relatos são de uma semana atrás, e não consegui mudar o texto na mesma velocidade com que as novas informações surgiam. E infelizmente nestas estam tanto as informações sérias quanto as irresponsáveis e oportunistas.

O mundo girou mais rápido do que minha capacidade mental para discernir o verdadeiro do fanático “fake news, e assim, o que escrevia foi perdendo significado afogadando as certezas que suponha ter sobre qualquer coisa.

Na verdade, não sei se alguma destas palavras escritas farão algum sentido porque o surto da contaminação psicológica nociva é mais poderoso, dando a impressão de não existirem mais ouvidos para ouvir, olhos para ler.

Como brasileira que sou (mais uma vez), não posso deixar de registrar algumas conclusões e propostas de novos investimentos:

1 Acumuladores compulsivos não possuem nenhum distúrbio psico-neuro-emocional, sempre foram alienígenas sinalizando os passos para sobreviver na Terra no século 21! Acumulem tudo;

2 Próximo “boom”na economia : plantação de cana para produção de álcool, com foco no álcool em gel. Aqui poderá ser incrementada a produção artesanal com o cultivo de Aloe Vera: álcool 70% misturado com babosa = álcool em gel natureba;

3 Empresários do ramo de extração de madeira vão a bancarrota após incêndios em florestas pelo mundo e arrependem-se não terem investido em extração de celulose ao invés de fabricação de móveis.

(Que se fodam TODOS);

4 O petróleo vale menos que um trocinho de madeira em época que papel higiênico é consumido mais que plástico.

5 Pica de papel machê será o novo artigo de luxo das “sexys-shops”.

Obs. Como estamos equilibrando nossa vida? Nos conhecendo!

E por aqui termino minha crônica um tanto confusa como meus pensamentos e deixo para vocês a mensagem de que tudo pode parecer caótico mas devemos acreditar que do caos chegaremos a consciência real (alguns a loucura total) e poderemos encontrar-nos com uma nova vestimenta : a verdadeira , de quem somos ou não somos no mundo real.

 

Daniele de Cassia Rotundo Lima