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22/05/2020
O vídeo Bolsonaro x Moro

Mais pareceu uma porno chanchada dos anos 70

Depois de elevar a expectativa dos brasileiros a níveis altíssimos o vídeo da reunião ministerial mostrou ser mais uma chanchada que ter alguma importância útil para a democracia brasileira.

Bolsonaro mostrou que não tem duas caras, não faz firulas nem poupa o uso de palavrão. Seu eleitorado vibrou com mais uma demonstração de autenticidade, não era para menos. Mas, o que interessa para o País o discursos dos Ministros?, alguns falando a verdade nua e crua, mas com palavras ofensivas e generalizadas, nem todos são vagabundos ou merecem ir para a cadeia, fazem o que podem e são corajosos, patriotas, infelizmente a minoria.

Chamar o governador de São Paulo João Dória de “bosta” e o do Rio de Janeiro de “estrume” foi a parte hilária do vídeo, como se bosta e estrume fossem coisas diferentes. Resta saber se o chapéu colocado por Bolsonaro vai atolar até o pescoço nos dois.

Por outro lado o ex-ministro Moro fica numa situação incômoda após a avant-premiere pífea  pode perder a àurea que lhe resta. Corre o risco de voltar para Curitiba de onde nunca deveria ter saído. Quando deixou-se levar pela vaidade e ambição almejando uma toga dourada, tornou-se alvo e foi abatido sem misericórdia. De herói nacional corre o risco de virar político do baixo clero onde estão alguns que já foram chamados de picaretas por um ex-presidente que não se olhava no espelho e que ele Moro teve a ousadia de por na cadeia.

Enfim, para tirar de vez a importância que o vídeo supostamente tinha, veio o aviso do General a quem possa interessar, esse sim deve ser avaliado com toda atenção. Embora os generais de pijama digam que não há clima, os tempos são outros, etc. Prefiro ficar com os ensinamentos do meu sogro (um deles de linha dura)que dizia “militar de terno e gravata é uma coisa mas quando está vestido de verde oliva e é um duplo estrelado é melhor ficar do lado dele”.

E, como dizia minha Avó “o futuro só Deus sabe”.

 A reação rápida de parte do verde oliva que pode se manifestar, leia na íntegra:

 

SOLIDARIEDADE AO GENERAL AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA

Nós, oficiais da reserva do Exército Brasileiro, integrantes da Turma Marechal Castello Branco, formados pela “SAGRADA CASA” da Academia Militar das Agulhas Negras em 1971, e companheiros dos bancos escolares das escolas militares que, embora tenham seguido outros caminhos, compartilham os mesmos ideais, viemos a público externar a mais completa, total e irrestrita solidariedade ao GENERAL AUGUSTO HELENO RIBEIRO PEREIRA, Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, não só em relação à Nota à Nação Brasileira, por ele expedida em 22 de maio de 2020, mas também em relação a sua liderança, a sua irrepreensível conduta como militar, como cidadão e como ministro de Estado.

Alto lá, “ministros” do stf!

Temos acompanhado pelo noticiário das redes sociais (porquanto, com raríssimas exceções, o das redes de TV, jornais e rádios é tendencioso, desonesto, mentiroso e canalha, como bem assevera o Exmº. Sr. presidente da República), as sucessivas arbitrariedades, que beiram a ilegalidade e a desonestidade, praticadas por este bando de apadrinhados que foram alçados à condição de ministros do stf, a maioria sem que tivesse sequer logrado aprovação em concurso de juiz de primeira instância.

Assistimos, calados e em respeito à preservação da paz no país, à violenta arbitrariedade de busca e apreensão, por determinação de conluio de dois “ministros”, cometida contra o General Paulo Chagas, colega de turma. Mas o silêncio dos bons vem incentivando a ação descabida dos maus, que confundem respeito e tentativa de não contribuir para conturbar o ambiente nacional com obediência cega a “autoridades” ou conformismo a seus desmandos. Aprendemos, desde cedo, que ordens absurdas e ilegais não devem ser cumpridas.

Desnecessário enumerar as interferências descabidas, ilegais, injustas, arbitrárias, violentas contra o Exmº Sr. Presidente da República, seus ministros e cidadãos de bem, enquanto condenados são soltos, computador e celular do agressor do então candidato Jair Bolsonaro são protegidos em razão de uma canetada, sem fundamentação jurídica, mas apenas pelo bel-prazer de um ministro qualquer.

Chega!

Juiz que um dia delinquiu – e/ou delinquente todos os dias com decisões arbitrárias e com sentenças e decisões ao arrepio da lei – facilmente perdoa.

Perdoa, apoia, põe em liberdade e defende criminosos, mas quer mostrar poder e arrogância à custa de pessoas de bem e autoridades legitimamente constituídas. Vemos, por esta razão, ladrão, corrupto e condenado passeando pela Europa a falar mal do Brasil. Menos mal ao país fizeram os corruptos do mensalão e do petrolão, os corruptos petistas e seus asseclas que os maus juízes que, hoje, fazem ao solapar a justiça do país e se posicionar politicamente, como lacaios de seus nomeadores, sequazes vermelhos e vendilhões impatrióticos.

O cunho indelével da nobreza da alma humana é a justiça e o sentimento de justiça. Faltam a ministros, não todos, do stf, nobreza, decência, dignidade, honra, patriotismo e senso de justiça. Assim, trazem ao país insegurança e instabilidade, com grave risco de crise institucional com desfecho imprevisível, quiçá, na pior hipótese, guerra civil. Mas os que se julgam deuses do Olimpo se acham incólumes e superiores a tudo e todos, a saborear lagosta e a bebericar vinhos nobres; a vaidade e o poder lhes cegam bom senso e grandeza.

Estamos na reserva das fileiras de nosso Exército. Nem todos os reflexos são os mesmos da juventude. Não mais temos a jovialidade de cadetes de então, mas mantemos, na maturidade e na consciência, incólumes o patriotismo, o sentimento do dever, o entusiasmo e o compromisso maior, assumido diante da Bandeira, de defender as Instituições, a honra, a lei e a ordem do Brasil com o sacrifício da própria vida. Este compromisso não tem prazo de validade; ad eternum.

Brasília, 23 de maio de 2020.

A manifestação do Ministro da Defesa publicado pela CNN

O Ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, disse à CNN que as Forças Armadas concordam com a nota enviada nesta tarde pelo ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Augusto Heleno.

Em comunicado oficial "à nação brasileira", Heleno classificou como "inconcebível e, até certo ponto, inacreditável" partidos políticos de oposição terem pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) busca e apreensão do celular do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Heleno afirma que uma eventual apreensão do celular "poderá ter consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional".

"O MD [Ministério da Defesa] teve conhecimento que o Gen. Heleno iria soltar a nota e concordou com a emissão, tendo em vista que o celular do PR [presidente da República] é um assunto de segurança institucional", disse Azevedo e Silva em mensagem à coluna.

"A simples ilação da apreensão do celular do Presidente da República, na visão dele, é absurda. Afronta a segurança institucional. MD está extremamente preocupado com a tensão entre os poderes", acrescenta o ministro.


Edson Navarro - Economista