Versão para impressão

03/08/2022
Cagando no racismo

E quem não tem uma história de exclusão, cancelamento, pré - conceito, racismo…?

Vítima ou réu, a verdade é que nossa existência tem e, sei lá, por quanto tempo terá, estas máculas, borrões, ou erros de fabricação no fundilho do fiofo daquela preguinha microscópica lazarenta.

Vez ou outra escorre uma secreção semelhante a merda.

Alguma coisa similar a síndrome de superioridade, encontrada em abundância nos cagadores de regra desencadeia a subjugação compulsiva como forma de extermínio da sociedade.

Infelizmente a ciência ainda não encontrou cura para a prepotência.

Algumas técnicas, no entanto, estão disponíveis na praça, como a desmistificação do homem. 

Aqui entra o “cagamento”.

O corpo humano precisa excretar, expelir, evacuar.

Pode ser atormentador mas todo mundo caga e é libertador!

Tem “gente que se julga gente” cuspindo os bofes de desespero em imaginar ser imaginado cagando!

Porque o poder da mente é porreta, cai a audiência, o número de seguidores, os “likes”, os votos, as máscaras! 

Observação: embora não apague a cena da bunda pelada agachada, sentada cagando, vale dizer que segundo a educação que recebi da minha mãe, só fazemos cocô.

Tem quem caga fumando, bebe cagando, caga na praia, no campo, no butiquin cagado, no restaurante que come cagado de peixe, caga em rede nacional e internacional. 

Tem gente que não se aguenta e caga nas calças .

É fato que ninguém peida com cheiro de flores, nem caga borboletas (ou algo que você ache melhor: pokemon, 7 anões etc). 

Congela esta cena, ok?

Entendendo cagar!

Classe gramatical: verbo intransitivo, pronominal, transitivo direto e transitivo indireto.

Tipo do verbo: regular

Separação silábica: ca-garrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr

Conjugação.

Infinitivo: cagar

Gerúndio: cagando

Particípio Passado: cagado

Presente do Indicativo: eu cago, tu cagas, ele caga, nós cagamos, vós cagais, eles cagam

E cagar rima com rechaçar, disfarçar, arrastar.  E nada é coincidencia.

Cagando. É assim que imagino cada cornélio (entendido qualquer gênero) que abusa, humilha, desdenha, desqualifica, denegri, despreza, ofende com atos e não atos,  palavras (escritas, faladas, e por que não pensadas?) etc 

É o que? 

Racismo (“Sistema que busca a superioridade de um grupo étnico-racial relativamente a outros, preconizando, em particular, o isolamento destes no interior de um país ou até visando o extermínio de uma minoria”) ?

Discriminação? Sistema de castas ? (ops. não pode falar isto porque tecnicamente a estrutura social, política e blablabla é cultural ou a merda que algum idiota define como justificativa para descriminar-se ).

Castas sem castas? Pobre ou rico? Anão ou gigante ? Com ou sem botox? 

Não importa o nome, substantivo, adjetivo. 

O ponto é : ninguém é melhor que ninguém nessa joça do mundo.

Fala sério, temos acesso ao universo por celular, já tem gente empilhando caixas para morar em Marte, (numa terça feira qualquer), tem robô que limpa a casa (isto para mim é o máximo da inteligência artificial), e há associação (seja ela qual for) de mimimi bostejando sobre a excelência das raças!!!!!!!

Comecei este texto para contar a experiência “segregadora” que vivi e presenciei durante  5 anos no México.

Inspirada pelas memórias, senti que precisava primeiro fazer publica minha profunda indignação por qualquer tipo de racismo.

E pode até parecer infantilóide a narrativa. Mas tenho certeza que no mais íntimo do íntimo fará sentido para alguém!

Fica a dica: cague antes de falar! 

Daniele de Cassia Rotundo