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O cavalo e o guerreiro

Os bons guerreiros de antigamente primeiro se colocaram fora da possibilidade de derrota e depois esperaram a oportunidade de derrotar o inimigo. A garantia de você não ser derrotado está em suas mãos, já a oportunidade de derrotar o inimigo é fornecida por ele mesmo. Vem daí o ditado: pode-se saber como conquistar sem ter a capacidade de fazê-lo. A garantia contra a derrota implica táticas defensivas; a capacidade de derrotar o inimigo significa tomar a ofensiva. Manter-se na defensiva indica força insuficiente; atacar, uma superabundância de força. O general hábil na defesa esconde-se nos recessos mais secretos da terra; o hábil em atacar o faz como um relâmpago, das maiores alturas do céu. De um lado temos a capacidade de nos proteger; do outro, de obter uma vitória completa. Ver a vitória apenas quando ela está ao alcance da vista da ralé não é o máximo da superioridade. O verdadeiro mérito é planejar secretamente, deslocar-se como réptil, frustrar as intenções do inimigo e impedir seus planos. Afinal, erguer um fio de cabelo grisalho não é sinal de grande força; ver o sol e a lua não é sinal de olhar acurado; ouvir o ruído do trovão não é sinal de ouvido apurado. O guerreiro vence os combates não cometendo erros. Não cometer erros é o que dá a certeza da vitória, pois significa conquistar um inimigo já derrotado. trecho de "A Arte da Guerra", de Sun Tzu
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magine que você tivesse um cavalo puro sangue que valesse um milhão de reais. Como você o trataria? Você o encheria de café? Deixaria ele fumar? Como seria sua alimentação? Você permitiria que ele ficasse alguns quilos acima do normal? Estressado ou sem dormir? Sujo, sem tomar banho? Com certeza absoluta não. Provavelmente cuidaria dele com imenso carinho e atenção total. Todos os detalhes seriam rigorosamente supervisionados e imediatamente resolvidos. Afinal, ali estaria um campeão ? o seu campeão. Você já deve estar imaginando para onde quero ir com esta história. Todos os dias temos pessoas à nossa volta que são muito mais valiosas do que o cavalo desta história, e muitas vezes não lhe damos a atenção que merecem, porque estamos sempre muito ocupados com alguma bobagem de curto prazo que parece muito mais importante. E no longo prazo muitas vezes perdemos esses campeões por pura falta de atenção. Essa atenção pode estar até mesmo faltando para nós mesmos: como você se trata ? como campeão ou como pangaré? Alimentação, exercício, sono? Nossas necessidades básicas, em ordem de importância, são as físicas, as espirituais, as sociais, as intelectuais e só depois as financeiras. Mas parece que em muita gente a ordem está totalmente invertida. E depois não entendem porque não conseguem resultados de campeão. Mesma coisa com família, principalmente filhos e marido/esposa. Como você trata as pessoas à sua volta? Como verdadeiros campeões de um milhão? Se alguém viesse e perguntasse às pessoas a sua volta quais são as suas prioridades, qual seria a resposta? Uma pessoa que trate como verdadeiros campeões aos outros e também a si mesmo, conseguirá muitos mais resultados, em todos os sentidos, do que alguém que faça o contrário. Então não entendo porque tem tanta gente fazendo o contrário. Pense bem nisso, porque na sua vida é você quem decide: pangaré ou puro sangue? Então aja de acordo.

Autor: Raúl Candeloro

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