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04/03/2024
Somos acúmulos do que mentalmente recepcionamos

Somos acúmulos do que mentalmente recepcionamos

Tudo o que nós fomos desde que nascemos transformou-se em arquivo em nossa memória. Esse arquivo se traduz como sendo o que e quem nós somos nesta vida. Mas também somos as influências e tendências que herdamos dos nossos pais e até de nossos avós (isso é entendido como sendo atavismo). Mas querem crer que nós é quem somos responsáveis por nós mesmos sem a cumplicidade das influências e das tendências hereditárias. Sendo assim nos tornamos independentes com o nosso modo de ser e com os atos que praticamos durante o nosso viver.

Assim é que somos deixados ao léu desde que nos livramos da dependência de nossos pais e possamos caminhar sozinhos pelas contingências da vida. E não é tão fácil como possa parecer. Temos que estudar, aprender uma profissão para podermos nos empregar e trabalhar, ou, termos um meio próprio de subsistência. Mas, quando depois de muitos anos de vida nós nos livramos das influências e tendências paternas e somos mais nós mesmos, no viver em sociedade como nós vivemos, ficamos à mercê de outros tipos de influências, aquelas que causam comportamentos parecidos ou mesmo submissão entre as pessoas de um mesmo país. 

O viver em sociedade causa muito aquela situação ironicamente chamada de “Maria vai com as outras” (risos). No mais das vezes as pessoas pensam que são donas de si mesmas quando pensam que seus pensamentos lhes são originais. Nem desconfiam que foram vítimas de influências ou de sugestões provenientes dos meios de comunicação de hoje tendo o nome de mídia. Talvez as pessoas pudessem ser elas mesmas se fossem morar num local de um deserto nunca antes “visitado” por alguém, ou, morar numa floresta virgem só tendo como companhia os macacos (risos).

Altino Olimpio