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06/07/2007
Lixão da Cavo recebe 70,83 toneladas dia de resíduos perigosos

Armazenamento do lixo tóxico no aterro da Cavo em Curitiba.
Em resposta a ofícios enviados pelo Ministério Público à CETESB solicitando informações sobre o lixão da Cavo, atualmente administrado pela sua sucessora Essencis, a empresa pública declarou que nada menos de 70.83 ton/dia de resíduos classe I (perigosos) estão sendo depositados no aterro, com licença parcial de operação.

O que se temia aconteceu, além de gerar mau cheiro e estar recebendo quase 6.500 (seis mil e quinhentas) toneladas dia do lixo paulistano, sobrou para nossa região o lixo tóxico.

A promessa de transparência das operações do aterro tão efusivamente prometida parece que ficou só no papel e fica uma pergunta no ar “qual o tipo de resíduo perigoso que está sendo armazenado? – lixo tóxico ou perigoso tem várias classificações, residencial por exemplo: pilhas usadas, etc. mas nesta classificação também entra o pentaclorofenol ou pó da China e outros igualmente mortais se fora de controle”.

Obviamente ninguém pode ser contra o tratamento e armazenamento adequado de resíduos de qualquer tipo, o que se coloca é o aspecto social da questão e suas conseqüências, como, caso a empresa proprietária do aterro acabe, quem ficará com o abacaxi? – o poder público? – e, por conseguinte o contribuinte? – quanto tempo leva para esses resíduos perigosos ficarem inertes? – a Essencis já divulgou como eles são armazenados? (vide foto tirada em Curitiba de aterro da então Cavo) – só o que conhecemos da empresa são informações institucionais, onde é claro tudo é perfeito, exceto pela fedentina exalada pelo lixão, que o digam os moradores dos bairros vizinhos.

A CETESB disse que a captação forçada do biogás “reduziu a emissão de odores que ocasionava inconvenientes ao bem estar da população vizinha” até onde temos conhecimento isso é meia verdade, visite os bairros próximos depois de alguns dias de chuva e outros de sol forte.

De qualquer forma o lixão está aí e funcionando, resta aos munícipes de Caieiras cobrarem das autoridades a execução de todo o projeto que foi apresentado, inclusive a prestação de contas de recursos destinados ao fundo social do Município, o aumento do ISS, o aumento de empregos, a construção do posto de saúde e demais “benesses” fartamente divulgados.


Redação A Semana