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31/01/2022
A tragédia das chuvas

Deslizamento em Franco da Rocha

Os temporais causaram deslizamentos de terra, transbordamento de rios e alagamentos. A Defesa Civil contabiliza 660 famílias desabrigadas ou desalojadas no estado.

O chefe da operação de resgate das vítimas afetadas pelo deslizamento em Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo, confirmou três novos óbitos no início da tarde desta segunda-feira (31), totalizando 24 mortes decorrentes das fortes chuvas que atingem o estado, sendo oito apenas no município.

Segundo o Coronel Alessandro da Silva, do Corpo de Bombeiros, apesar de as mortes estarem confirmadas, os corpos das três vítimas ainda não haviam sido retirados dos escombros até o fim da manhã desta segunda. O município de Franco da Rocha é o que apresenta maior número de vítimas devido às chuvas - são oito, no total.

Franco da Rocha está sob alerta para abertura de comportas do sistema Cantareira

Das 24 vítimas em todo o estado, ao menos nove são menores de idade - sendo oito crianças e um adolescente. Uma das crianças é um bebê com apenas três meses, que chegou a ser socorrido após um desabamento em Itapevi. A mãe dele, de 27, foi resgatada e está no Hospital Geral de Itapevi.

A Defesa Civil do estado contabiliza 660 famílias desabrigadas (precisaram sair de casa e estão em abrigos) ou desalojadas (estão em casas de parentes).

Os temporais também causaram deslizamentos de terra, transbordamento de rios e alagamentos. O governador João Doria anunciou a liberação de R$ 15 milhões para as cidades afetadas. Segundo o governo paulista, cerca de 500 pessoas estão desalojadas em 11 cidades do estado.

Na manhã desta segunda, a chuva persiste na capital paulista, mas segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), às 9h20 não havia pontos de alagamento. O trânsito também está dentro da média para o horário.

A situação até o momento, segundo informações do governo de São Paulo e da Defesa Civil:

Em Várzea Paulista, no interior de São Paulo, cinco pessoas da mesma família morreram após a casa em que moravam ser atingida por um desmoronamento. As vítimas são um casal, um bebê de um ano e duas crianças, uma de 10 e outra de 12 anos;

Em Embu das Artes, na Grande São Paulo, três pessoas, também de uma mesma família, morreram após uma casa ser atingida por um deslizamento de terra na madrugada deste domingo. As vítimas são a mãe e dois filhos — uma menina de quatro anos e um rapaz de 21 anos. Quatro pessoas conseguiram escapar;

Em Osasco, o desabamento de uma casa deixou uma pessoa ferida;

Em Itapevi, um deslizamento matou um bebê de três meses. Bombeiros resgataram a mãe de 27 anos, que está no Hospital Geral de Itapevi;

Em Jaú, no interior de São Paulo, um homem de 61 anos morreu afogado após ter a casa invadida pela chuva;

Em Arujá, na Grande São Paulo, um homem de 59 anos morreu depois que seu carro ficou submerso;

Em Ribeirão Preto, na noite de sexta-feira (28), um homem de 57 anos morreu após ser arrastado pela enxurrada;

Quatro pessoas morreram em Francisco Morato, sendo três crianças e um adolescente;

Oito pessoas morreram em Franco da Rocha; há ainda feridos e desaparecidos;

Na manhã desta segunda, o prefeito de Franco da Rocha, Nivaldo Santos (PTB), afirmou que ainda não é possível saber exatamente o número de pessoas desaparecidas. "A gente trabalha com mais de 10 desaparecidos, mas não é um número ainda confirmado", disse o prefeito.

Franco da Rocha tem o maior número de mortes confirmadas

O município de Franco da Rocha confirmou, até o fim da manhã desta segunda, a morte de oito pessoas em decorrência das chuvas. O número pode ser ainda maior, pois existem feridos e desaparecidos.

Durante todo o domingo, as equipes se mobilizaram no resgate de vítimas de um deslizamento de terra na Rua São Carlos, no Parque Paulista, que fica na divisa com Francisco Morato.

De acordo com o prefeito de Franco da Rocha, Nivaldo Santos (PTB), são mais de 10 desaparecidos na cidade. Segundo o prefeito, o local onde houve as mortes não estava classificado como de alto risco.

Equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros usaram botes para resgatar moradores. Devido às fortes chuvas que atingiram a região, o Ribeirão Eusébio e o Rio Juquery transbordaram, deixando a área central da cidade alagada.

"A situação ainda é bastante preocupante, a água ainda não deu sinal de baixar. Estamos com várias solicitações de atendimento porque houve vários deslizamentos", disse Nivaldo da Silva Santos, prefeito de Franco da Rocha, em entrevista à GloboNews.

Segundo o Doutor Nivaldo, como é conhecido o prefeito, a chuva insistente ao longo da semana, com grande volume em um intervalo de 12 horas, causou o problema. "Foram mais de 115 milímetros de água, isso contribuiu para o deslizamento".

Na entrevista, o prefeito informou que teve uma conversa por telefone com o governador de São Paulo, João Doria, que se prontificou a enviar suporte à cidade.

Além do envio, Doria sobrevoou a região nesta tarde junto do Secretário-Chefe da Casa Militar e Coordenador da Defesa Civil, Alexandre Monclús Romanek, e do Secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.

 Caieiras

Em Caieiras, na Grande SP, as chuvas deixaram casas e ruas completamente alagadas. Muita gente ficou ilhada, e o resgate está sendo feito por tratores da Prefeitura e caminhões.

Os pontos de alagamento ainda deixaram muita gente presa no trânsito, impossibilitados de transitar pelas ruas. O acesso a outras cidades também está impossibilitado. A cidade registrou ainda um deslizamento de terra, em que ninguém ficou ferido.

Os recursos anunciados pelo governador paulista serão destinados aos municípios de Arujá (R$ 1 milhão), Francisco Morato (R$ 2 milhões), Embu das Artes (R$ 1 milhão) e Franco da Rocha (R$ 5 milhões), na Região Metropolitana de São Paulo, e Várzea Paulista (R$ 1 milhão), Campo Limpo Paulista (R$ 1 milhão), Jaú (R$ 1 milhão), Capivari (R$ 1 milhão), Montemor (R$ 1 milhão) e Rafard (R$ 1 milhão), no interior do Estado.

Fonte G1

N.R. Aparentemente Caieiras ficou de fora na destinação de recursos, seria porque não precisa de ajuda estadual ou por conta de alguma vindita política entre o governador e o prefeito  gilmar lagoinha ???. 

 


jas